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Vortex: As conversas que a PJ considera incriminatórias entre o empresário e os pais

Francisco Pessegueiro, empresário da construção, deu detalhes aos familiares que, segundo a PJ, incriminam Joaquim Pinto Moreira, deputado social-democrata que foi autarca de Espinho.

Joaquim Pinto Moreira, deputado do PSD Manuel Almeida / Lusa
20 de Janeiro de 2023 às 09:09
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A Polícia Judiciária do Porto acredita que as escutas telefónicas entre o empresário Francisco Pessegueiro, visado no âmbito da operação Vórtex, e os seus pais são prova de que Joaquim Pinto Moreira - ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho e hoje deputado do PSD - recebeu subornos quando liderava a autarquia, noticia o Correio da Manhã.

As conversas tiveram lugar em março do ano passado, primeiro com o pai e depois com a mãe do construtor. No primeiro caso, a propósito de um negócio imobiliário, Francisco Pessegueiro revelou por telefone que teria "de lhe pingar", porque "ele [Pinto Moreira] merece, ele é top".

Numa conversa posterior, segundo o Correio da Manhã, a mãe pergunta: "Pois porque ele também vai comer, não é?" E o empresário responde que sim: "Claro, bem merece, mamã, (...) independentemente de tudo, o Pinto Moreira é fixe. Sempre foi comigo".

O Correio da Manhã indica que estas escutas são complementadas por outras, que tiveram lugar dias depois e que já foram divulgadas pelo jornal, que servirão de prova para a Polícia Judiciária.

O deputado já teve oportunidade de negar "categoricamente que tenha recebido o que quer que seja", dizendo que está disponível para colaborar com a Justiça.
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