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Urban Beach: empresa de segurança fiscalizada, discoteca fecha até seis meses

A discoteca fecha até seis meses, para adoptar novas normas de segurança. A PSP investiga a empresa de segurança enquanto o Governo reúne órgão consultivo. Racismo, discriminação, violência: há 38 queixas só este ano.

Miguel Baltazar/Negócios
Wilson Ledo wilsonledo@negocios.pt 03 de Novembro de 2017 às 12:30

A PSP vai fiscalizar a actividade da empresa de segurança PSG, envolvida no caso de agressão na discoteca Urban Beach.

A medida foi determinada pelo Ministério da Administração Interna (MAI), que esta sexta-feira, 3 de Novembro, determinou o fecho daquele espaço de diversão nocturna em Lisboa.


"Será também convocado o Conselho de Segurança Privada para a análise da situação ocorrida no estabelecimento K Urban Beach", informou o ministério liderado por Eduardo Cabrita. Este é um órgão de consulta que integra representantes de diferentes forças policiais bem como representantes de associações de empresas de segurança privada.


Em comunicado, o MAI explica que o fecho do K Urban Beach "visa evitar novas ocorrências no interior ou nas imediações do referido espaço e a manutenção da segurança e ordem públicas", depois de recebidas 38 queixas por alegadas práticas de violência, discriminação ou racismo.


O fecho do K Urban Beach poderá levar seis meses, "período durante o qual o proprietário do estabelecimento deve adotar as medidas necessárias ao regular funcionamento do mesmo que vierem a ser determinadas pelo Comando Metropolitano de Lisboa da PSP no que respeita às condições de segurança".


O caso mais recente de violência foi conhecido esta semana, depois de terem surgido nas redes sociais vídeos onde dois seguranças da empresa PSG, em frente ao espaço do K Urban Beach, agridem dois jovens, um deles já imobilizado no chão. Um dos seguranças chega a saltar em cima deste último.


A PSP já fez saber que um dos seguranças envolvidos foi detido esta sexta-feira e que os restantes continuam a ser procurados, estando todos identificados.


Entretanto, também o Ministério Público abriu uma investigação. A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, citada pela Lusa, referiu que "não pode haver qualquer tipo de complacência" para actos de violência como os que aconteceram no K Urban Beach ou em Coimbra, num outro episódio que também teve lugar esta semana.


A PSG – Segurança Privada já veio repudiar, em comunicado, o sucedido e garantiu que vai tomar todas as diligências para "punir" os responsáveis "de forma exemplar, de acordo com a gravidade do comportamento". A empresa teve conhecimento do caso através dos vídeos que chegaram às redes sociais.


Já o administrador da discoteca, Paulo Dâmaso, reagiu também em comunicado, dizendo que se trata de um "problema estritamente de segurança na via pública" e manifestou-se disponível para colaborar nas investigações. O estabelecimento é propriedade do Grupo K.

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