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PSP e GNR identificam 70 discotecas e bares que representam risco de segurança pública
As polícias identificaram 70 bares e discotecas em Lisboa, Porto e Albufeira, que representam risco para a segurança pública, no âmbito de uma avaliação pedida pelo Ministério da Administração Interna, em Dezembro.
A PSP e a GNR sinalizaram 70 estabelecimentos de diversão nocturna problemáticos para a segurança pública em lisboa, Porto e Albufeira.
Este levantamento foi feito na sequência de uma avaliação de risco a um total de estabelecimentos de diversão nocturna de todo o país, após as agressões junto ao Urban Beach e ao homicídio de um segurança no Barrio Latino, em Lisboa, avança este sábado, 24 de Fevereiro, o Diário de Notícias (DN).
O objectivo era "identificar o risco em estabelecimentos de diversão nocturna cuja actividade seja susceptível de alteração da ordem pública ", segundo uma fonte citada pelo DN.
Inicialmente a avaliação foi pedida à PSP e cingia-se a Lisboa, mas, numa fase posterior, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, solicitou também à GNR um levantamento em todo o país.
Foram identificados 23 espaços de diversão nocturna de risco em Lisboa, 28 no Porto e 19 em Albufeira, sendo nestas cidades que se encontra o maior número de estabelecimentos com problemas de segurança, e onde as autoridades policiais têm registado maior número de ocorrências.
Perante estes resultados, o ministro quer que sejam adoptadas "medidas de carácter preventivo em locais onde têm ocorrido incidentes e nas zonas envolventes", segundo fonte do gabinete do ministro disse ao DN.
Assim, Eduardo Cabrita planeia uma intervenção a três níveis: a criação de um grupo de trabalho com a GNR e a PSP, a articulação com as autarquias locais para desenvolver medidas especiais de funcionamento destes estabelecimentos, e a aplicação de medidas de segurança adequadas ou "medidas de polícia", que podem passar pela suspensão do funcionamento dos espaços até ao seu encerramento.
As associações do sector afirmaram não ter sido ouvidas no processo, mas apontam a necessidade de uma maior presença policial junto aos espaços de diversão nocturna, para que exista mais dissuasão e mais segurança.
Desconhecendo "os critérios que foram utilizados para a avaliação", o presidente da Associação de Discotecas de Lisboa, José Gouveia, espera que seja tido em conta o facto de a vida nocturna da capital ser apontada pelos turistas como um dos três factores de atracção, juntamente com a gastronomia e o clima.
Já Liberto Mealha, da Associação de Discotecas do Sul e Algarve, acredita que "um polícia fardado vale mais como dissuasão do que 10 seguranças privados" e desconhece quais os 19 estabelecimentos de risco.