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Tomás Correia, Costa Leite e Carlos Martins constituídos arguidos

Tomás Correia, Humberto Costa Leite e Carlos Martins foram constituídos arguidos devido a um negócio imobiliário realizado na altura da OPA do Montepio sobre o Finibanco. Em causa estão suspeitas de insolvência dolosa e burla agravada.

Pedro Elias/Negócios
Negócios 16 de Fevereiro de 2017 às 09:00
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O Ministério Público constituiu 14 arguidos no âmbito de uma investigação sobre a venda de 30 hectares, à entrada de Coimbra, e que foi realizada no decurso da oferta pública de aquisição (OPA) que o Montepio lançou sobre o Finibanco, em 2010.

 

Segundo o Público o negócio foi realizado por 341 milhões de euros, um valor 100 milhões acima das avaliações efectuadas.

 

Tomás Correia, na altura presidente do Montepio, foi assim constituído arguido por suspeitas de um crime de insolvência dolosa e dois crimes de burla qualificada, segundo informação a que o Negócios teve acesso. Além de Tomás Correia foram constituídos arguidos outros responsáveis do Montepio, nomeadamente Fernando Magalhães.

 

Humberto Costa Leite, à data presidente do Finibanco, e Carlos Martins, presidente da Martifer, estão entre os arguidos. Os crimes de que os arguidos são acusados são idênticos: um crime de insolvência dolosa e dois crimes de burla qualificada.

 

Além destes responsáveis, foram também constituídas arguidas as empresas envolvidas: Montepio, Vicaima (dona do Finibanco na altura) e a Prestige.

 

Em causa está assim o negócio em torno da compra dos terrenos conhecidos por Colinas de Vale Meão, em Coimbra. O Público explica que Costa Leite, Carlos Martins, Pucarinho e o jurista Tavares de Almeida criaram, em 2008, a Cityprofit. Esta empresa pediu um empréstimo ao Finibanco (entidade a que todos os responsáveis estavam ligados de alguma forma), com vista à aquisição dos terrenos. Em 2009, a Vilões (dona dos terrenos) recebeu um cheque no valor de 32,4 milhões, sem provisão.

 

Entretanto, Tomás Correia e Costa Leite já tinham iniciado negociações no âmbito da OPA que o Montepio acabaria por lançar sobre o Finibanco.

 

Após a concretização da OPA, a Cityprofit transfere os terrenos em causa para o Montepio, desiste do financiamento e declara falência, com uma dívida de 18 milhões de euros à Vilões.

 

A Vilões continua a reclamar mais de 12 milhões de euros e acusa o Montepio de usar os terrenos em causa, que não estão pagos, para valorizar o balanço do banco. 

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