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Rui Pinto: "Portugal continua um paraíso para a grande corrupção e branqueamento de capitais"
Pirata informático voltou esta terça-feira às redes sociais e afirmou que Portugal continua um paraíso para a grande corrupção.
O hacker agradece ainda a "todos aqueles que desta a primeira hora demonstraram o seu apoio e solidariedade". "Finalmente esta árdua e longa 'travessia do deserto' chegou ao fim", afirma ainda o pirata.
Um bem-haja a todos aqueles que desde a primeira hora demonstraram o seu apoio e solidariedade.
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) August 11, 2020
Finalmente esta árdua e longa “travessia do deserto” chegou ao fim.
Rui Pinto começa a ser julgado em 04 de setembro por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.
Estão agendadas, em média, três sessões por semana.
Aníbal Pinto, advogado de Rui Pinto à data dos factos e que será julgado pela tentativa de extorsão [em outubro de 2015] de entre 500.000 euros a um milhão de euros ao fundo de investimento Doyen, é o segundo arguido no processo.
O julgamento terá apenas 10 lugares disponíveis para o público, seis dos quais destinados a jornalistas e quatro para familiares dos arguidos.
Num despacho, a que a agência Lusa teve acesso na segunda-feira, a juíza Margarida Alves lembra que, à limitação do número de lugares disponíveis na sala de audiência, acrescem "as limitações próprias decorrentes da situação de contingência" devido à pandemia de covid-19, as quais "impõe um conjunto de regras" quanto à assistência do julgamento, que vai decorrer na sala 1 do piso 6 do Tribunal Central Criminal de Lisboa, "uma das de maior dimensão" no Campus da Justiça.
Rui Pinto, criador da plataforma Football Leaks e responsável pelo processo Luanda Leaks, em que a Isabel dos Santos é a principal visada, está em liberdade, por decisão da juíza Margarida Alves, encontrando-se agora inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial, por questões de segurança.
O Ministério Público (MP) opôs-se à libertação, que foi justificada pela juíza Margarida Alves com a "contínua e consistente colaboração" com a Polícia Judiciária e o "sentido crítico" do criador da plataforma Football Leaks.
No início de junho, o Tribunal da Relação de Lisboa negou provimento ao recurso do Ministério Público (MP) e manteve a decisão instrutória, proferida em 17 de janeiro, que pronunciou (levou a julgamento) Rui Pinto por 90 crimes e não pelos 147 que constavam da acusação do MP.
Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República (PGR).