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Rui Pinto e Isabel dos Santos trocam acusações no Twitter
"É verdade que lhe vão pagar salário como funcionário público e dar casa", questionou Isabel dos Santos ao "hacker" que revelou os documentos que deram origem ao Luanda Leaks e colocaram a empresária angolana a ser investigada pela justiça.
O pirata informático Rui Pinto publicou este sábado um tweet onde se questionava sobre o real proprietário de uma das maiores propriedades muradas da Europa.
O hacker que foi recentemente libertado pela justiça portuguesa e vai ser julgado em setembro questionou se a Torre Bela, antiga propriedade do Duque de Lafões, teria sido adquirida pela família dos Santos, fazendo referência a um artigo que aponta nesse sentido.
Será a família dos Santos a real proprietária de uma das maiores propriedades muradas da Europa?
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) August 15, 2020
Juntamente com cerca de uma dezena de outras propriedades na zona do Oeste? pic.twitter.com/RYnZ07z22e
A resposta de Isabel dos Santos surgiu este domingo e também através do Twitter: " Engraçado Rui Pinto estar a fazer estas perguntas sobre "torre bela". Pensei que fosse um hacker com 715 mil documentos e provas. Pelos vistos é um mero curioso que vive de fofocas. E é verdade que lhe vão pagar salário como funcionário público e dar casa?", escreveu na rede social.
Engraçado Rui Pinto estar a fazer estas perguntas sobre "torre bela". Pensei que fosse um hacker com 715 mil documentos e provas. Pelos vistos é um mero curioso que vive de fofocas. E é verdade que lhe vão pagar salário como funcionário público e dar casa?
— Isabel Dos Santos (@isabelaangola) August 16, 2020
Rui Pinto esteve em prisão preventiva desde 22 de março de 2019 até 08 de abril deste ano, dia em que foi colocado em prisão domiciliária, mas em habitações disponibilizadas pela Polícia Judiciária.
Foi libertado no início deste mês pela juíza Margarida Alves, presidente do coletivo de juízes que vai julgar Rui Pinto, na sequência de um requerimento apresentado pela defesa do arguido a pedir a sua libertação.
Rui Pinto começa a ser julgado em 4 de setembro no Tribunal Central Criminal de Lisboa por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.
Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República (PGR).