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Presidente da SAD do Leiria em prisão preventiva

O presidente da SAD do Leiria, Alexander Tolstikov, e o assessor vão ficar em prisão preventiva. Já o administrador financeiro sairá em liberdade com limitações.

Negócios 07 de Maio de 2016 às 15:39
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O presidente da SAD da União de Leiria, Alexander Tolstikov, ficou em prisao preventiva no âmbito da investigação, que tomou o nome Operação Matrioskas, a suspeitas de lavagem de dinheiro. Também o assessor do empresário, Sérgio Renita, viu ser aplicada a mesma medida de coacção, avançou a SIC Notícias.

Já Pedro Violante, director financeiro da SAD do Leiria, ficou em liberdade, mas com obrigação de apresentações periódicas às autoridades e proibido de contactar os outros arguidos. As funções no clube foram suspensas, segundo o seu advogado, José António Barreiros, citado pelo Correio da Manhã. Violante, segundo a SIC Notícias, está indiciado por fraude fiscal e branqueamento de capitais, tendo caído o indício de associação criminosa.

Joaquim Malafaia, advogado do presidente da SAD e do seu assessor, declarou ao Público que a medida de prisão preventiva imposta aos seus clientes deverá em breve ser substituída por prisão domiciliária com pulseira electrónica.


Os três elementos foram detidos na terça-feira, 3 de Maio, depois de rusgas a várias sociedades desportivas, nomeadamente do Benfica, Sporting, Braga e ao próprio Leiria.

No centro desta investigação, que fez mais três arguidos – a SAD, o clube da União de Leiria e um advogado com escritório em Lisboa – está Alexander Tolstikov, sobre quem recaem suspeitas de estar a usar o clube como fachada para fazer lavagem de dinheiro proveniente do crime organizado russo, interpondo pelo meio um país báltico. Há suspeitas que a SAD de Leiria, adquirida pelo empresário russo, usa as transferências dos atletas para disfarçar os capitais ilegais. 

A título de exemplo são dados os casos do defesa central Vitaly Lystsov e do guarda-redes Ivan Zlobin, contratados na época passada pelo Benfica à União de Leiria, de Tomas Rukas, defesa emprestado ao Sporting B, e de Stanislav Kritsyuk, que esteve no Sporting de Braga até Janeiro.

 

Segundo o CM, as transacções destes jogadores foram feitas com recurso a contabilidades paralelas, com diferenças entre o valor real dos negócios e aqueles que a empresa DS Investment LLP, que pertence ao grupo russo D-Sports, que detém 60% da SAD do União de Leiria, registou.

 

Alexander Tolstikov nasceu na Moldávia, mas passou boa parte da sua vida em Moscovo, e em 2015 obteve luz verde dos sócios para comprar a SAD do União de Leiria. Já o grupo russo D-Sports tem em carteira mais de 40 jogadores, entre os quais muitos estão emprestados a clubes portugueses.

 

Terá sido esta interdependência que fez com que a PJ tivesse estendido as buscas também ao Benfica, Sporting e ao Estádio do Braga, que não estão directamente implicados nas investigações.


A Europol, que colaborou nas investigações, fez saber esta semana que a rede estava activa desde 2008, e alegadamente é uma célula de um grupo mafioso russo "importante", responsável directamente pela lavagem de dinheiro em vários países europeus.





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