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Operação Marquês: PR afirma que "não pode ter estados de alma" sobre processos concretos
Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o prolongamento do prazo de conclusão do inquérito da "Operação Marquês", afirmando que o Presidente da República "não pode ter estados de alma" sobre processos e decisões concretas da Justiça.
"O Presidente da República não tem de ficar surpreendido ou não ficar, relativamente a processos concretos. Não pode ter estados de alma em relação a decisões concretas da justiça", declarou o chefe de Estado esta sexta-feira, em resposta aos jornalistas, no final de uma visita de perto de quatro horas à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
Os jornalistas tinham questionado Marcelo Rebelo de Sousa sobre a decisão da Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, de prolongar até final de junho o prazo da investigação do caso que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates, a pedido dos procuradores do processo.
"Não tenho comentários a fazer sobre uma decisão concreta, um processo concreto e um juízo concreto da senhora Procuradora-Geral da República", respondeu o Presidente da República, reiterando que não se pronuncia "sobre casos concretos e processos concretos".
"Como sabem, é um processo concreto, houve uma decisão concreta da senhora procuradora-geral da República. E o Presidente da República não se pronuncia sobre isso", reforçou.
Marcelo Rebelo de Sousa passou perto de quatro horas na BTL, ocupadas, sobretudo, a tirar fotografias, quase incessantemente, com expositores e visitantes, e considerou que "é impressionante o panorama desta 29.ª edição, que ultrapassa todas as anteriores".
Segundo o Presidente da República, "o panorama do turismo português é imparável neste momento" e funciona como "motor" da economia, fundamental para se alcançar "o tal crescimento acima de 2%".