Notícia
Oito mil adiamentos nos tribunais pela greve dos funcionários judiciais
Greve dos funcionários judiciais adia 8 mil julgamentos e ministra da Justiça pediu parecer sobre a legalidade da greve.
A greve dos funcionários judiciais está a paralisar os tribunais provocou cerca de 8 mil adiamentos de diligências e julgamentos, segundo dados do Portal Citius, avança nesta sexta-feira, 3 de março, o semanário Expresso.
Os efeitos da greve levaram a ministra da Justiça a pedir um parecer ao Conselho Consultivo sobre a legalidade da greve decretada pelos sindicatos dos funcionários judiciais e dos oficiais de justiça. António Marçal, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, considera o pedido "legítimo", mas critica o timing.
Já levou ao adiamento de julgamentos como o do padre Luís Miguel Costa, acusado de aliciamento de um menor e que seria o primeiro prelado a ser julgado depois da divulgação do estudo sobre os abusos de menores por membros da Igreja; e de leituras de acórdãos como o do e-toupeira (adiado cinco vezes até que o acórdão foi simplesmente enviado por correio aos arguidos) ou o do cartel das seguradoras, cuja sentença foi adiada para depois de 15 de março, o último dia da greve, exemplifica o Expresso.
O sindicato já fez mais um pré-aviso de greve que durará mais um mês e levará ao adiamento de mais uns milhares de julgamentos e diligências.