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Nove arguidos da Operação Aquiles ficam em prisão preventiva

Na sequência das detenções efectuadas no âmbito da designada Operação Aquiles, 15 arguidos foram presentes ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, que aplicou a medida de coacção de prisão preventiva a seis deles.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 13 de Abril de 2016 às 23:13
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O Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu, esta quarta-feira, colocar em prisão preventiva nove dos 15 arguidos da Operação Aquiles, detidos no dia 5 de Abril por suspeitas de "corrupção activa e passiva para acto ilícito, branqueamento de capitais e tráfico de estupefacientes", que hoje foram presentes ao juiz do referido tribunal.

 

Em nota às redacções, a Procuradoria-Geral da República informa que, após promoção do Ministério Público, o juiz decidiu aplicar a nove desses arguidos, entre os quais dois elementos da PJ e um militar da GNR, a medida de coacção de prisão preventiva.

 

Os restantes seis arguidos ficam sujeitos a apresentações periódicas no órgão de polícia criminal mais próximo das respectivas residências, à proibição de ausência do território nacional e também à proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos do processo, acrescenta o documento.

 

Recorde-se que este inquérito, que corre termos no Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP), tem 17 arguidos constituídos. Além dos 15 arguidos presentes hoje a tribunal, há ainda dois advogados, que ficaram sujeitos a termo de identidade a residência.

 

Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção activa e passiva, tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa e branqueamento, acrescenta o comunicado desta quarta-feira.

 

"No inquérito investigam-se associações criminosas que importariam cocaína proveniente da Colômbia, normalmente por via marítima e/ou aérea, produto que se destinaria a ser vendido em Portugal ou enviado para os outros países europeus, designadamente Espanha. As referidas associações criminosas teriam o apoio de dois elementos da Polícia Judiciária, um deles actualmente na situação de reforma e outro ainda no activo", esclarece a a Procuradoria-Geral da República.

 

Esse apoio, explica, "traduzir-se-ia no fornecimento ilegítimo de informações acerca de investigações de crimes de tráfico de estupefacientes em curso, com a contrapartida de pagamentos, efectuados pelos traficantes envolvidos, aos elementos da PJ. Um destes elementos da PJ contaria ainda, no âmbito desta actividade, com o auxílio de um militar da GNR".

 

No âmbito da Operação Aquiles foram realizadas cerca de 100 buscas domiciliárias e não domiciliárias em vários pontos do país, designadamente nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, em Setúbal, Torres Vedras e Braga. Foram também apreendidos veículos, equipamentos informáticos, dinheiro, saldos de contas bancárias, outros valores e diversa documentação, bem como droga, salienta a PGR.

 

Nesta operação estiveram envolvidos três magistrados do Ministério Público, um magistrado judicial e mais de 300 elementos da Polícia Judiciária. Participaram igualmente, no âmbito de cooperação internacional solicitada, magistrados da Audiência Nacional de Espanha e elementos do Cuerpo Nacional de Policia.

 

Neste inquérito, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ.

 

(notícia actualizada às 23:37)

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