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Ministério Público pede caução de 3 milhões de euros para Luís Filipe Vieira

O Ministério Público não pediu a aplicação de prisão preventiva para o presidente auto-suspenso do Benfica como medida de coação, mas sim o pagamento de uma caução de 3 milhões de euros.

Negócios 10 de Julho de 2021 às 18:52
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O Ministério Público pediu este sábado que seja aplicada como medida de coação a Luís Filipe Vieira uma caução de 3 milhões de euros.

De acordo com a CMTV, Rosário Teixeira, procurador do DCIAP, não pediu a medida de coação mais gravosa para os arguidos do caso, que seria a prisão preventiva.

Após a auto-suspensão da presidência do Benfica por parte de Luís Filipe Vieira, o Ministério Público terá considerado que não existe risco de continuação da atividade criminosa.

Apesar da promoção feita este sábado pelo MP, isso não quer dizer que seja essa a medida de coação decidida pelo juiz Carlos Alexandre.

De acordo com a CMTV, até ao pagamento da caução é pedido que Vieira fique em prisão domiciliária.

Para José António Santos, presidente do Grupo Valouro, o MP pede que lhe seja aplicada uma caução de dois milhões de euros. Para Tiago Vieira (filho de Luís Filipe Vieira) a caução pedida é de 600 mil euros e para Bruno Mecedo, empresário de jogadores, de 300 mil euros.

Aos quatro arguidos serão ainda aplicadas medidas como a proibição de contactos entre arguidos, proibição de saída para o estrangeiro e entrega do passaporte.

O interrogatório a Luís Filipe Vieira teve lugar este sábado, durante quase cinco horas, após a terceira noite do empresário e dos outros três detidos nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide. 

Luís Filipe Vieira foi a última das quatro pessoas detidas no âmbito da investigação Cartão Vermelho a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, antes da aplicação das medidas de coação, que irão ser conhecidas este sábado.

Além do empresário, o caso envolve Tiago Vieira (filho do líder do Benfica), o agente Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, que são suspeitos, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), de estarem envolvidos em negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades.


Em causa estão suspeitas de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento.

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