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Marcelo diz estar "muito empenhado" no funcionamento da investigação criminal
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje estar "muito empenhado" no funcionamento da investigação criminal e no contributo que esta "peça fundamental" dá para o funcionamento da justiça.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de uma visita ao DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal) e começou por recordar que tem defendido "a necessidade de convergências na justiça e a importância da justiça para a vida de todos os portugueses", tal como fez no discurso de abertura do ano judicial, na quinta-feira.
"E portanto o vir saber, vir conhecer e vir dizer que o Presidente está muito empenhado no funcionamento desta investigação [criminal] e no seu contributo para a justiça portuguesa foi o objectivo da vinda cá", justificou aos jornalistas.
Na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, "uma peça fundamental" da justiça "é a que diz respeito à investigação criminal", tendo o DCIAP "a investigação criminal quanto a crimes muito complicados, muito complexos".
"Crimes muito violentos, crimes muito complexos no domínio da saúde pública, os chamados crimes de colarinho branco, de combate à corrupção e outro tipo de crimes económicos e financeiros", descreveu.
Questionado sobre o facto de decorrer neste departamento a investigação de casos como o do ex-primeiro-ministro José Sócrates ou do ex-presidente do BES Ricardo Salgado, o Presidente da República escusou-se a pronunciar sobre questões concretas.
"Eu só vim aqui dizer uma coisa: que é por um lado ouvir, ver as condições a trabalho e dar o estímulo ou dar o apoio do Presidente da República no sentido daquilo que os portugueses desejam, que é que seja realizada justiça e que ela aqui comece por uma unidade de investigação muito especializada da criminalidade muito complicada, mas que por isso mesmo preocupa os portugueses", explicou.
A visita ao departamento demorou mais de uma hora e decorreu longe da vista dos jornalistas, tendo o Presidente da República sido acompanhado pela ministra da Justiça, Francisca Van Dunem e pela Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.