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Ex-bilionário indiano e UBS disputam casa em Londres

Vijay Mallya está a ser alvo de uma série de processos judiciais, devido à falência da Kingfisher Airlines. Em risco de ser extraditado, o ex-bilionário está agora a disputar uma casa no centro de Londres.

Bloomberg
14 de Outubro de 2018 às 13:30
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O UBS Group está a tentar executar um empréstimo hipotecário de 20,4 milhões de libras (23,3 milhões de euros) para ficar com a casa do ex-bilionário Vijay Mallya em Londres, um imóvel com vista para o Regent’s Park da capital.

 

O UBS está a tentar ficar com a posse do imóvel, que Vijay Mallya – um magnata indiano que luta para não ser extraditado num outro caso – usava como residência familiar. O UBS afirma que a Rose Capital Ventures, a empresa que ficou com a hipoteca, não a pagou.

 

Mallya, uma personalidade destacada na Índia, onde é chamado de "Rei dos Bons Tempos", esperava transformar o local – usado anteriormente como escritório – numa "bela residência palaciana" que seria "muito chique", revelou o advogado do UBS, Thomas Grant, num tribunal em Londres.

 

"No fim das contas, simplesmente estamos a afirmar que não pagou o seu empréstimo hipotecário no prazo e, portanto, queremos receber uma compensação, que é a posse" do mesmo, disse Grant.

 

A Rose Capital Ventures tem sede nas Ilhas Virgens Britânicas e pertence a um fundo familiar de Mallya, segundo documentos apresentados pelo UBS ao tribunal de Londres que atribuem as informações a Mallya. Um porta-voz do UBS e um advogado que representa Mallya e a Rose Capital Ventures preferiram não comentar.

 

Este é o mais recente de uma série de processos contra Maliya, de 62 anos, em Londres. A fonte dos seus problemas judiciais internacionais é superior a mil milhões de libras em empréstimos que contraiu para a sua extinta Kingfisher Airlines. Disputas pelos empréstimos levaram à apresentação de processos civis na Índia e no Reino Unido e de acusações de fraude criminal.

 

Mallya foi preso em Londres em Abril de 2017 e também luta – num outro tribunal, a alguns quilómetros de distância, no outro lado da cidade – para não ser extraditado para a Índia por causa das acusações de fraude. O magnata chegou a ter que apenas 5.000 libras por semana, no centro de processos civis para receber dinheiro, de acordo com documentos apresentados ao tribunal.

 

"Expectativa legítima"

Os advogados de Mallya e da Rose dizem que o UBS exigiu o pagamento da hipoteca antes do prazo sem dar explicações, depois de o banco ter criado "uma expectativa legítima" de que não o faria. Isto foi "injusto" e fez com que a Rose não conseguisse pagar o empréstimo, segundo documentos apresentados pela defesa.

 

O UBS afirma que exigiu o pagamento do empréstimo, em Junho de 2016, porque decidiu "encerrar o seu relacionamento" com Mallya e "entidades associadas", entre elas a Rose, depois de a imprensa ter identificado Mallya como "infractor intencional" no caso da Kingfisher Air. De qualquer forma, afirma o banco, o empréstimo de cinco anos venceu em Março de 2017.

 

Mallya, Sidharta, o seu filho, e Lalitha, a sua mãe, têm o direito de permanecer no imóvel, de acordo com uma "licença contratual irrevogável" da Rose, que detém a residência, segundo documentos apresentados pela defesa de Mallya ao tribunal em Maio.

 

(Texto original: Ex-Billionaire Fights UBS Bid to Foreclose on London Home)

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