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Espanha: investigação a CR7 está "avançada". Coentrão pode ser acusado em Portugal
O El Mundo escreve que a investigação do Fisco espanhol a Cristiano Ronaldo "está avançada" no que concerne às três sociedades detidas pelo jogador nas Ilhas Virgens Britânicas. Já o Expresso adianta que Fábio Coentrão poderá ser acusado de fraude fiscal em Portugal.
Os jornais El Mundo e Expresso trazem esta quinta-feira, 8 de Dezembro, novidades sobre os casos de Cristiano Ronaldo e Fábio Coentrão, relacionados com a investigação Football Leaks. O jornal espanhol cita fontes do Ministério das Finanças espanhol que garantem que a investigação a Ronaldo segue "em silêncio" e "está avançada". O Expresso escreve que Coentrão poderá ser acusado de fraude fiscal pelas autoridades portuguesas.
No caso de CR7 está em causa a investigação em curso pelo Fisco espanhol às três sociedades detidas pelo jogador do Real Madrid nas Ilhas Virgens Britânicas, e que terão servido para esconder ganhos publicitários no valor de 150 milhões de euros recebidos ao longo de 12 anos.
Para já Ronaldo não foi alvo de qualquer acusação da parte das autoridades judiciárias espanholas, passo que o El Mundo refere que só será dado quando existirem "indícios sólidos de crime fiscal". Só depois será o passo já dado nos casos de jogadores como Xabi Alonso, Di Maria, Ricardo Carvalho, que já foram formalmente acusados.
A investigação às declarações de rendimentos e património de Cristiano Ronaldo foi aberta oficialmente, em Espanha, em Dezembro do ano passado.
Também esta quinta-feira o Expresso revela que a investigação realizada pela rede European Investigative Collaborations (EIC) em parceria com publicações como o próprio jornal português ou o El Mundo, tendo como base os dados conseguidos pela revista Der Spiegel, também poderá ter consequências em Portugal. Nomeadamente para Fábio Coentrão, jogador do Real Madrid e também agenciado pelo "superagente" Jorge Mendes, que poderá ser acusado de fraude fiscal pelas autoridades lusas.
O Expresso nota que Coentrão não declarou por um período superior a três anos os rendimentos relacionados com os seus direitos de imagem, recebidos através de uma empresa offshore sediada no Panamá e criada em 2011, a Rodinn. Isto durante o período em que o jogador ainda alinhava pelo Benfica.
Foi já em 2015 que o internacional português entregou uma declaração de substituição do IRS de 2011 à Autoridade Tributária portuguesa, após ter sido alvo de uma inspecção do Fisco espanhol. Declaração essa em que, relativamente ao ano de 2011, Coentrão declarou um ganho adicional de 3,5 milhões de euros.
Depois de regularizada a situação, o Fisco português enviou, já em 2016, a Fábio Coentrão uma nota de liquidação de 853 mil euros. No entanto a regularização da sua situação fiscal não impede Coentrão de poder ser alvo de abertura de procedimentos criminais. Isto porque a lei portuguesa, segundo refere o Expresso, estabelece que a regularização fiscal não extingue o crime de fraude fiscal.