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Catalunha poderá ter novas eleições a 6 de Março
A data foi avançada por Artur Mas, presidente em funções, que vai esperar pelo fim do prazo legal - 11 de Janeiro - para convocar novas eleições. Segundo Mas, a data mais provável é 6 de Março.
As novas eleições na Catalunha deverão ter lugar no próximo dia 6 de Março. A informação foi avançada esta terça-feira, 5 de Janeiro, por Artur Mas, que preside à região desde 2010.
A necessidade de uma nova consulta popular ficou praticamente clara neste domingo, depois de o partido de extrema-esquerda Candidatura de Unidade Popular (CUP) ter rejeitado apoiar Mas na presidência da Catalunha. E o presidente em funções depende dos deputados da CUP, já que a plataforma Juntos pelo Sim, por si encabeçada, não alcançou uma maioria absoluta nas eleições de 27 de Setembro.
Se não for escolhido um novo candidato até ao dia 11 de Janeiro, serão convocadas novas eleições na região, garantiu Mas, numa conferência de imprensa realizada esta manhã. "Na segunda-feira, assinarei o decreto para convocar eleições", anunciou, acrescentando que vai esperar até ao fim do prazo legal, porque a CUP pode mudar de opinião e apoiar a sua investidura.
A esperança de Mas é partilhada pela plataforma que lidera, Juntos pelo Sim, que instou a CUP a prosseguir com as negociações. "Até domingo há tempo, e eu estou disponível. Mas a plataforma Juntos pelo Sim já fez tantas ofertas, que se torna evidente que não podemos fazer mais", referiu Mas.
O presidente catalão garantiu que a data mais provável para a realização de eleições é 6 de Março, e condenou a atitude da CUP que, na sua opinião, cometeu um erro "gigantesco".
"Cometemos um erro ao pensar que a CUP tinha sentido de país", lamentou. "Mas eles cometeram um erro de proporções gigantescas não querendo admitir que converter a Catalunha num Estado requer somar, e não subtrair, incluir, e não excluir, votar, e não vetar".
Em entrevista à rádio COPE esta manhã, o chefe do Governo espanhol em funções, Mariano Rajoy, admitiu que a realização de novas eleições na Catalunha é "inevitável".
"Não sei, sinceramente, o que pode acontecer nos próximos cinco dias, mas acredito que o melhor que podia acontecer era Mas deixar cair o seu desejo independentista. Como isso não parece possível, não há alternativa à realização de eleições", admitiu Rajoy.
O impasse na Catalunha espelha a realidade política de todo o país, que está mergulhado na incerteza, depois do resultado inconclusivo das eleições legislativas de 20 de Dezembro. O PP de mariano Rajoy não conseguiu alcançar uma maioria absoluta, estando dependente de outras forças políticas para formar Governo.
Esta terça-feira, Mariano Rajoy voltou a apelar a um acordo entre o seu partido, o PSOE e o Cidadãos, para garantir um Executivo estável e duradouro para os próximos quatro anos.