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Antigo director do FMI condenado a 4,5 anos de prisão

O antigo director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato foi condenado esta quinta-feira a quatro anos e meio de prisão por se ter apropriado indevidamente de património de dois bancos espanhóis dos quais era presidente.

Bloomberg
23 de Fevereiro de 2017 às 19:12
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A Audiência Nacional, tribunal nacional espanhol que julga casos de corrupção e crimes financeiros, anunciou que considerou Rodrigo Rato culpado pelo crime de peculato quando este era presidente da Caja Madrid e do Bankia e numa altura em que as duas entidades estavam em dificuldades.

Rodrigo Rato de 67 anos foi director-geral do FMI entre 7 de Junho de 2004 e Junho de 2007.

Economista, vice-presidente de Aznar no início do século e director-geral do Fundo Monetário Internacional. A este currículo, onde contava já um processo crime por branqueamento de capitais, Rodrigo Rato soma agora novas entradas e novamente pelas piores razões.


Depois de sair do FMI, em 2007, Rato regressou a Espanha e dedicou-se a dar conferência ao mesmo tempo que trabalhava com a Lazard, Caja Madrid e Bankia. Assessorava ainda a Telefónica, o Santander e a CaixaBank. Ele próprio dizia, segundo declarações da sua secretária à polícia, que dava conferências porque "pagavam muito bem". A facturação, de acordo com o que foi entretanto descoberto, era feita através de uma empresa chamada Arada, existindo valores a partir dos 36 mil euros, pagos por empresas públicas, grandes cotadas, associações empresariais e bancos, entre outros. Os mais generosos terão sido a Repsol e a Caja Madrid, que lhe pagaram 65 mil euros por conferência.

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