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A detenção de José Sócrates vista pelos jornais portugueses

José Sócrates foi detido esta sexta-feira indiciado dos crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção. A notícia está a ser seguida com muita atenção pela comunicação social. Saiba o que noticiam alguns dos jornais portugueses sobre a detenção do ex-primeiro-ministro.

João Miguel Rodrigues/Correio da Manhã
Negócios 22 de Novembro de 2014 às 02:02
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O semanário Expresso avança que o ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido para interrogatório "devido à casa avaliada em três milhões de euros que habitou quando tirou um curso em Paris depois de deixar o Governo" em 2011. "Os investigadores querem saber de onde veio o dinheiro para comprar a habitação. Sócrates disse sempre que pediu um empréstimo ao banco para poder pagar o aluguer do apartamento", escreve o Expresso.

 

Também o Correio da Manhã noticia que a casa que José Sócrates comprou em Paris, por cerca de 3 milhões de euros, e o estilo de vida que o ex-governante leva na capital francesa - sem que seja conhecida a proveniência do dinheiro - serão alguns dos pontos que José Socrátes terá de esclarecer ao Ministério Público.

 

O Correio da Manhã já tinha noticiado a 1 de Agosto que uma equipa de investigadores liderada pelo procurador Rosário Teixeira procurava apurar a origem do dinheiro que suportou a compra da casa de Paris, bem como o proprietário efectivo do imóvel.

 

O site do jornal Público refere que a informação de que José Sócrates poderia ser detido começou a circular ao fim da tarde desta sexta-feira. "Segundo o Público apurou ao início da noite alguns canais de televisão já tinham equipas no aeroporto de Lisboa [onde Sócrates foi detido quando regressava de Paris]. Sinal de que alguém tinha 'soprado' a informação para a comunicação social. A SIC tem mesmo imagens do carro que levou Sócrates para interrogatório", escreve o jornal.

 

José Sócrates foi detido por membros da Autoridade Tributária e da PSP que, segundo o Público, têm estado a colaborar com o magistrado Rosário Teixeira, que é o responsável pela investigação ao grupo Lena, cuja sede foi esta tarde alvo de buscas.  

 

O antigo primeiro-ministro foi detido no âmbito de um processo em que se investigam "suspeitas de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção", refere uma nota da Procuradoria-Geral da República emitida esta sexta-feira à noite.

 

José Sócrates foi transportado para um estabelecimento prisional da área da grande Lisboa, segundo a SIC Notícias, e será este sábado ouvivo no Tribunal Central de Investigação Criminal, no Campus da Justiça, pelo juiz Carlos Alexandre.

 

O Observador avança que juiz de instrução criminal "poderá aplicar a medida de coação mais grave, a de prisão preventiva, se considerar que existe perigo de fuga dos arguidos. Um argumento justificável pelo facto de terem sido detidos em pleno aeroporto de Lisboa".

 

"Caso os quatro suspeitos não consigam encontrar explicações válidas para vários movimentos bancários nas suas contas, poderão ser indiciados pelos crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal e corrupção", avança a publicação. 

 

(Notícia actualizada às 02h48)

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