Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Trabalhadores continuaram a suportar mais IRS em 2015

Em 2015 a carga fiscal sobre o trabalho manteve-se estável ao nível dos países da OCDE, mas os portugueses continuaram a pagar mais. A culpa é do IRS, que continuou a roubar rendimento disponível às famílias.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 12 de Abril de 2016 às 10:14
  • 1
  • ...

Em 2015 houve países que viram a sua carga fiscal sobre o trabalho diminuir, mas Portugal não esteve entre eles, muito pelo contrário: por cá, os impostos que recaíram sobre o factor trabalho continuaram a subir, devido à crescente pressão do IRS.

 

Segundo um relatório parcialmente divulgado pela OCDE  (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) esta terça-feira, 12 de Abril, intitulado "taxing wages", Portugal está entre o grupo de países em que a carga fiscal sobre o trabalho mais aumentou no ano passado, a par com a Austrália, Luxemburgo, Israel e Itália. Nuns casos, a tributação sobre o trabalho subiu devido aos descontos para a Segurança Social, mas no caso nacional deveu-se ao IRS, de acordo com os números divulgados pelo organismo, a partir da simulação de casos concretos de um trabalhador solteiro a receber o salário médio na economia.  

 

Em sentido contrário, Grécia, Espanha e Estónia registaram uma quebra na carga fiscal que recai sobre o factor trabalho, entre 1% e 1,3%.

 

Por causa deste agravamento, Portugal também está entre os países em que a diferença entre o salário bruto e o líquido mais se acentuou entre 2014 e 2015.  Ao todo, a diferença ampliou-se em 0,86 pontos percentuais, o que significa que o salário líquido encolheu nesta proporção.

 

Este fenómeno registou-se em 24 países entre os 31 países observados, mas Portugal foi o que registou uma diferença maior, segundo a OCDE.

 

Globalmente, ao nível da organização, entre 2014 e 2015 a carga fiscal sobre o trabalho manteve-se estável depois de nos anos precedentes ter subido.  

O relatório disponibilizado antecipadamente aos jornalistas apenas contém conclusões gerais, não permitindo fazer análises mais aprofundadas sobre as tendências de tributação no último ano. 

Ver comentários
Saber mais Carga fiscal trabalho IRS Segurança Social OCDE
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio