Notícia
Negócios em Portugal e Finlândia podem ser taxados duas vezes a partir de 2019
Não foi ratificado por Portugal um novo acordo fiscal com a Finlândia. Como já se sabia, os reformados finlandeses a viver em Portugal vão poder ser taxados no país de origem. Só que quem tem negócios nos dois países fica em risco de dupla tributação.
As empresas ou os particulares que têm actividade em Portugal e na Finlândia correm o risco de, a partir de 2019, vir a ser tributados por duas vezes. Certo é que os reformados finlandeses a residir em Portugal vão deixar de contar com um "eldorado" fiscal. Tudo porque o Estado português ainda não ratificou uma nova convenção com o país do norte europeu, e a anterior vai deixar de estar em vigor. É irreversível, escreve o jornal Público.
Tudo tem que ver com os reformados: países como a Finlândia (e a Suécia) mostraram o descontentamento pelo sistema fiscal português que permitia aos seus pensionistas viverem em Portugal e, no âmbito do regime de residentes não habituais, não pagarem IRS. Em Portugal e na Finlândia. Havia uma dupla isenção com base num acordo entre dois dois países que pretende apenas evitar que haja uma dupla tributação.
Só que, até aqui, não houve foi ainda ratificada, por Portugal, a nova convenção, pese embora a Finlândia já a tenha assinado há dois anos. O Governo não explicou ao Público qual o motivo para essa decisão, a primeira que leva a que seja rompido um acordo fiscal por parte de Helsínquia.
Sem novo acordo, passam a aplicar-se, fiscalmente, as regras nacionais de cada país, sem o acordo para evitar a dupla tributação: ou seja, a partir de 1 de Janeiro, os reformados finlandeses vão passar a ser tributados no país de origem (o que aconteceria também caso houvesse um novo acordo, já que é o ponto de que Finlândia não abdica), e os particulares e as empresas com actividade nos dois mercados podem passar a ser tributados nos dois países.