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Ricardo Salgado regularizou 4,3 milhões de euros de IRS

Banqueiro fez três regularizações ao IRS de 2011, a última das quais antes de ter-se deslocado ao DCIAP a 18 de Dezembro.

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Negócios 17 de Janeiro de 2013 às 09:14
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O presidente do BES regularizou a sua declaração de IRS de 2011 três vezes ao longo do ano passado, no valor de 8,5 milhões de euros. As regularizações deram lugar ao pagamento de um IRS adicional no valor de 4,3 milhões de euros, relata hoje o jornal “i”.

 

Em Maio, aquando da entrega do IRS de 2011, Ricardo Salgado e a mulher declararam ao Fisco 1,1 milhões de euros de rendimentos, correspondente a um IRS de 188 mil euros. Porém, logo a seguir, o banqueiro entregaria uma rectificação, a primeira de três, a declarar mais 25 mil euros de rendimentos de capitais da mulher e 665 mil euros de rendimentos de capitais auferidos por si, no estrangeiro.

 

A segunda declaração de rectificação foi entregue a 30 de Agosto, segundo o jornal, para declarar 8,5 milhões de euros de rendimentos obtidos em Angola. Com esta operação, serão devidos mais 3 milhões de euros de imposto.

 

Por fim, e a 11 dias de ter-se deslocado ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) a 18 de Dezembro, Ricardo Salgado terá feito uma terceira rectificação que levou ao pagamento de mais 1,3 milhões de euros.

 

Ao todo, são mais 4,3 milhões de euros de IRS a somar aos 188 mil euros que o banqueiro tinha declarado inicialmente, descreve o jornal.

 

O processo será semelhante ao que levou Amílcar Morais Pires, administrador-executivo e chief financial officer do BES a regularizar 1,1 milhões de euros de IRS, uma notícia avançada também pelo “i” há algumas semanas.

 

Ligações ao Monte Branco

Segundo o jornal, a ligação de altos quadros do BES à Operação Monte Branco terá surgido quando Rosário Teixeira, procurador do DCIAP, requereu autorização ao juiz Carlos Alexandre, para realizar buscas à sede do BES Investimento para averiguar indícios da prática dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, trafico de influencias, corrupção e abuso de informação privilegiada no processo de privatização de 21,35% da EDP em 2011 e de 40% da REN.

 

Fonte oficial do banco liderado por Ricardo Salgado, contactada pelo “i”, diz que a informação é “falsa” e que “Ricardo Salgado não foi ao DCIAP explicar qualquer fuga ao Fisco”.

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