A proposta do Governo para o IRS Jovem prevê uma taxa máxima de 15% de imposto com exceção do último escalão de rendimento, uma alteração que não só visa os trabalhadores mais novos especializados em Portugal, como também poderá significar alterações significativas de rendimentos para os futebolistas mais jovens e em início de carreira em Portugal.

A questão, alerta Anabela Silva, fiscalista da EY, é saber como é que a medida se irá aplicar na prática. Só isso permitirá concluir o universo de jovens que verdadeiramente tirará partido da iniciativa do novo Executivo.

No programa Negócios Record, que será publicado esta segunda-feira, Anabela Silva sublinha que "o que é importante no programa do governo é perceber os detalhes". 

"Estamos a falar de reduzir em dois terços a taxa e ficar com uma taxa máxima de 15%, mas o último escalão não está abrangido. É preciso perceber se ao não estar abrangido as pessoas que têm esses rendimentos superiores a cerca de 80 mil euros ficam, de facto, fora do regime do IRS Jovem ou se podem beneficiar pelo facto de as taxas serem progressivas e os rendimentos até esse montante poderem ser beneficiados", detalha a partner da EY.

Neste quarto episódio do Negócios Record, além do IRS Jovem, estiveram também em análise os números do Programa Regressar e o diferendo entre Fernando Santos e o Fisco. A não perder, esta segunda-feira nos sites do Negócios e Record e nas principais plataformas de podcast.

Anabela Silva é a convidada desta semana do videocast Negócios Record, um espaço onde Diana Ramos e Sérgio Krithinas fazem a auditoria às vitórias fora de campo e aos números além das quatro linhas.

O episódio completo estará disponível nos sites do Negócios e Record esta segunda-feira e nas principais plataformas de podcast.