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Líder do banco central irlandês garante que país lidará bem com taxa mínima global
O governador do banco central da Irlanda, em declarações ao Politico, admite que a criação de uma taxa mínima global de IRC irá ter "algum impacto" no país, porém assegura que a Irlanda irá lidar bem com essa medida.
Gabriel Makhlouf, governador do banco central da Irlanda, reconhece que a instituição de uma taxa mínima global de IRC vai ter impacto na economia irlandesa, contudo garante que o país não deixará de superar esse desafio.
A Irlanda está entre os nove países que furaram o acordo apoiado por 130 países com vista à criação de uma taxa de pelo menos 15% de IRC destinada a evitar práticas de elisão fiscal. Os outros dois países europeus contrários à taxa mínima global são a Hungria e a Estónia. A Irlanda tem uma das taxas de IRC (12,5%) mais baixas do bloco europeu.
Em declarações ao site Politico, Makhlouf reconhece que "a mudança da taxa de imposto sobre as empresas terá algum impacto" na economia irlandesa, no entanto assegura que seria "exagerado" pensar que irá impactar de forma significativa.
"Os impostos podem ser regularmente alterados de forma justa", afirmou o governador, defendendo que os investimentos das empresas são feitos com base na "confiança" na economia, bem como na qualidade da mão de obra e da governação. "Basta percorrer o país em viagem para se perceber a real atividade económica", acrescentou.
A Irlanda é acusada há largos anos de possibilitar condições altamente vantajosas para algumas das maiores multinacionais, incluindo a Apple ou a Google.