Notícia
Inspectores à paisana vão detectar rendas clandestinas
À semelhança do comércio, a Autoridade Tributária e Aduaneira vai usar inspectores disfarçados para detectar arrendamentos clandestinos. Obrigação de fiscalização foi anunciada pela troika.
O Fisco vai passar a usar usar inspectores "à paisana" para identificar rendas clandestinas nas casas de férias e arrendamentos para fins turisticos, à semelhança do que tem vindo a fazer nos raides ao comércio de retalho.
A informação é avançada esta quarta-feira pelo Diário de Notícias. O jornal diz que, tal como já aconteceu com a operação "Factura suspensa", que visava detectar casos de facturação falsa nos estabelecimentos comerciais, também os arrendamentos vão ser fiscalizados com recurso a inspectores encobertos.
O jornal fala especificamente das casas de férias e arrendamentos para fins turísticos, não identificando os restantes arrendamentos clandestinos como estando no centro das inspecções.
Recorde-se que as inspecções às rendas não declaradas ao Fisco ficaram previstas na 11ª avaliação da troika. Os credores entendem que se trata de uma área com grande evasão fiscal, que é preciso atacar.
O fenómeno do arrendamento ilegal é conhecido das autoridades há muitos anos, mas não são públicos resultados de eventuais acções concretas ou inspecções dirigidas à sua fiscalização. O problema alastrou-se nos últimos anos com a pulverização de habitações para arrendamentos turísticos de curta duração.
Já na operação "Factura Suspensa", foram destacados 71 inspectores para a realização de 860 acções. Segundo o jornal, os estabelecimentos visitados enfrentam agora coimas no valor de 5,2 milhões de euros.