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Ilhas Caimão querem divulgar nomes e administradores das empresas aí sedeadas

A autoridade monetária das Ilhas Caimão tem planos para a criação de uma base de dados pública que traga transparência para o território caribenho, normalmente associado a paraísos fiscais.

Negócios 18 de Janeiro de 2013 às 12:35
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E se fosse criada uma base de dados com os nomes de todas as empresas e fundos domiciliados nas Ilhas Caimão, juntamente com o nome dos seus administradores? Ainda não é uma realidade, mas a autoridade monetária das Ilhas Caimão, nas Caraíbas, quer que o seja, segundo conta o “Financial Times”.

 

A autoridade monetária das Ilhas Caimão (CIMA, na sigla inglesa) desenhou planos para a criação dessa base de dados pública, segundo escreve a publicação britânica, depois de ter tido acesso a propostas enviadas a fundos de cobertura de risco (“hedge funds”) sedeados na ilha da  Caraíbas, a sul de Cuba. Ao jornal, a CIMA não quis fazer quaisquer comentários.

 

De acordo com o “Financial Times”, os administradores dessas empresas e fundos deverão, de acordo com este plano que estará em consulta até meados de Março, ser submetidos a um processo de avaliação de habilitações, de modo a assegurar que estão qualificados para actuar como fiduciários para os investidores.

 

O objectivo destas alterações será deixar cair a reputação de actividade financeira clandestina que o território britânico tem neste momento.


A fazerem pressão para que ocorra esta divulgação estão os políticos – o tema dos paraísos fiscais esteve em destaque nas últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos – e os investidores dos fundos de cobertura de risco, que pretendem saber quem está por detrás desses instrumentos em que colocam o seu dinheiro.

 

Segundo um relatório da Organização Não Governamental de defesa da transparência fiscal Tax Justice Network, os cidadãos mais ricos do mundo têm fortunas depositadas em paraísos fiscais, entre os quais as Ilhas Caimão, num valor que poderá chegar aos produtos internos brutos (PIB) dos Estados Unidos e do Japão, somados.

 

Em 2011, foi noticiado pela publicação britânica que alguns executivos (pelo menos, quatro) eram administradores não executivos em mais de 100 fundos e/ou empresas sedeados nas ilhas, próximas da Jamaica. Cada um rende 30 mil dólares por ano (22,5 mil milhões de euros).

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