Notícia
Fisco encontra advogados que circulavam dinheiro de clientes destinado a paraísos fiscais
Advogados identificados pela Autoridade Tributária agiram como "testas-de-ferro" dos seus clientes, transferindo o dinheiro destes para paraísos fiscais através das suas próprias contas.
07 de Julho de 2020 às 09:35
A Autoridade Tributária e Aduaneira detetou, no ano passado, 33 operações suspeitas para paraísos fiscais, que eram, sobretudo, realizadas por advogados que agiam como testas-de-ferro. A notícia é avançada esta terça-feira, 7 de julho, pelo Público, que dá conta de que os advogados identificados permitiam que as suas contas ou as contas das sociedades de advogados fossem usadas pelos seus clientes para concretizar transferências para contas "offshore".
A informação consta do relatório da atividade de combate à fraude e evasão fiscal em 2019. Segundo este relatório, os mandatários faziam circular os montantes em causa através das suas próprias contas. Na prática, eram os advogados que apareciam como ordenantes das transferências, quando, na realidade, os beneficiários efetivos desse dinheiro eram os seus clientes, um esquema que desvirtuou a informação que os bancos têm de comunicar relativa às operações para paraísos fiscais.
O relatório não refere, contudo, que consequências houve para os 33 casos identificados, nomeadamente se os factos apurados nas investigações administrativas conduziram a investigações criminais.
A informação consta do relatório da atividade de combate à fraude e evasão fiscal em 2019. Segundo este relatório, os mandatários faziam circular os montantes em causa através das suas próprias contas. Na prática, eram os advogados que apareciam como ordenantes das transferências, quando, na realidade, os beneficiários efetivos desse dinheiro eram os seus clientes, um esquema que desvirtuou a informação que os bancos têm de comunicar relativa às operações para paraísos fiscais.