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Lisboa: população do centro histórico terá caído 15% em cinco anos

Estudo da Câmara Municipal de Lisboa conclui que a população do centro histórico da cidade está a cair de forma significativa. O número de eleitores caiu 15% em cinco anos. O mesmo estudo diz que dois terços dos titulares de alojamentos locais explora pelo menos duas unidades.

Bloomberg
18 de Outubro de 2018 às 22:40
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É mais um dado preocupante sobre o impacto que o turismo e o alojamento local pode estar a ter nos bairros históricos da capital portuguesa. As freguesias do centro histórico de Lisboa perderam 15% dos seus eleitores em cinco anos, calcula o "Estudo Urbanístico do Turismo em Lisboa" feito pela Câmara Municipal de Lisboa e cujas linhas gerais foram avançadas na semana passada.

Este mesmo estudo, a que o Diário de Notícias teve acesso, tem também dados sobre a evolução da população em Lisboa. Perante a inexistência de informação sobre a população residente nas freguesias, os autores do estudo recorrem ao número de eleitores, universo que é actualizado de forma automática sempre que as pessoas renovam o seu cartão do cidadão. Segundo noticia o jornal, na sua edição online, a grande maioria das freguesias perderam pessoas nos últimos anos, mas o fenómeno é mais intenso no centro histórico. É o caso das freguesias de Santa Maria Maior e da Misericórdia - que integram os bairros de Alfama, Mouraria Castelo, Baixa, Chiado, Bairro Alto e Madragoa - que viram o número de eleitores cair 14,6% entre 2013 e 2017.


Estas mesmas duas freguesias concentram 45% de todo o alojamento local da cidade e essa é a razão pela qual a câmara já anunciou que irá propor a suspensão de novos registos de casas para arrendamento a turistas. Tal como o Negócios noticiou, nestas freguesias há é possível encontrar mais turistas a pernoitar do que habitantes (veja o mapa aqui).

Segundo o mesmo estudo, as freguesias de São Vicente, que integra o bairro da Graça, e a freguesia de Santo António, bairros que ladeiam a avenida da Liberdade, perderam neste mesmo período 9,5% e 8,3% dos seus eleitores.

O mesmo estudo da Câmada de Lisboa também conclui que dois terços dos titulares de exploração de alojamento local gerem duas ou mais unidades. O recorde na maior cidade do país são 156 estabelecimentos geridos por uma unidade entidade, escreve ainda o Diário de Notícias.

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