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Marcelo não envia pacote da habitação para Constitucional mas avalia veto político
O pacote "Mais Habitação" foi aprovado no dia 17 de julho apenas com os votos favoráveis do PS e a abstenção do PAN e do Livre e enviado para o Presidente da República no dia 9 deste mês.
O Presidente da República acaba de anunciar que não vai enviar para o Tribunal Constitucional o pacote da habitação. Marcelo Rebelo de Sousa diz que não encontrou dúvidas de constitucionalidade.
"É uma lei que era a mais volumosa e significativa sobre mais habitação, não entendi que fosse claro que houvesse dúvidas de inconstitucionalidade", afirmou em declarações à CNN Portugal. "Sei quem defendia essas dúvidas sobre o Alojamento Local ou o arrendamento forçado, mas não é uma questão", indicou.
O diploma que foi apresentado pelo primeiro-ministro no dia 16 de fevereiro, sofreu alterações significativas relativamente à versão inicial. Desde logo, no que respeita ao arrendamento forçado de imóveis devolutos, uma das medidas mais polémicas desde o início e que se mantém, mas alterada e praticamente esvaziada, reservada apenas para situações muito excecionais.
Os vistos gold também não desaparecerão como inicialmente se previa. O regime acaba, apenas, para os investimentos de natureza imobiliária, mas continuará a ser possível nomeadamente para cidadãos estrangeiros que invistam em organismos de investimento coletivo não imobiliários (por exemplo, fundos de capitais de risco).
Já o alojamento local, objeto de um número significativo de alterações, viu algumas delas serem aligeiradas – a nova contribuição extraordinária, por exemplo, foi reduzida para metade – mas foram, entretanto, apresentadas propostas que tornam a medida mais gravosa, como a que prevê que para abrir uma nova unidade é preciso o apoio unânime do condomínio.