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João Proença: preço das consultas da ADSE deve subir “um bocadinho”, mas de forma proporcional

O presidente do Conselho Geral e de Supervisão considera que o preço das consultas da ADSE se deve “aproximar um bocadinho” do que é praticado pelas companhias de seguro. Mas mantendo a proporção do que é pago pela ADSE e pelos beneficiários.

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O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, João Proença, considera que o preço das consultas no regime convencionado "se deve aproximar um bocadinho dos valores praticados pelas companhias de seguros". 

No entanto, o presidente deste conselho consultivo sublinha que o aumento a cargo dos beneficiários não deve ser proporcionalmente superior ao da ADSE.

As declarações foram prestadas depois de o vogal da ADSE, Eugénio Rosa, ter defendido o aumento do copagamento dos beneficiários de 3,99 euros para 5 euros, afirmando que o Conselho Diretivo da ADSE está a preparar subidas mais elevadas.

"Nesta altura consideramos que as consultas estão com valores baixos e que se devem aproximar um bocadinho mais dos valores praticados pelas companhias de seguros", diz João Proença. "E portanto estamos à espera que o Conselho Diretivo apresente a proposta".

O que é importante, segundo sublinha, é que se mantenha "a mesma percentagem de copagamento", ou seja, que os beneficiários não sejam chamados a pagar uma parte desproporcional das verbas que serão transferidas para os hospitais privados ou para outros prestadores de serviços de saúde que tenham acordos, no âmbito do chamado regime convencionado.

Atualmente, o preço total das consultas é de 18,46 euros (3,99 pagos pelo beneficiário e 14,47 pagos pela ADSE). Se o valor total subir para 25 euros os beneficiários deveriam pagar 5 euros, ilustra. Se subir para 30 devem pagar 6 euros. 

"O que o Conselho Geral e de Supervisão tem dito é que as percentagens não devem ser alteradas", refere. "Estamos a aguardar a proposta do conselho diretivo", conclui.

Esta não é a primeira vez que se discute o aumento do preço das consultas, que tinha já sido proposto em outubro de 2017 pelo ex-presidente da ADSE, Carlos Liberato Baptista. Depois de muita contestação a ideia acabou por ficar pelo caminho.

Agora, a proposta volta a surgir no âmbito da negociação da nova tabela de preços, que se arrasta há vários anos e que tem um novo prazo assumido pelo governo: março de 2020.

O aumento dos preços das consultas a pagar aos prestadores privados seria complementar à limitação dos preços pagos nas cirurgias ou pelas próteses, que é um objetivo antigo da ADSE.

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