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Finanças recebem sindicatos no final da próxima semana

Os sindicatos da Função Pública serão recebidos dia 8 de Setembro no ministério das Finanças, segundo fonte oficial. Sindicatos garantem que não aceitam "qualquer tipo" de fraccionamento ou gradualismo no descongelamento das carreiras.

Pedro Elias/Negócios
O ministério das Finanças quer receber os sindicatos da Função Pública no final da próxima semana. A reunião está marcada para 8 de Setembro, segundo fonte oficial do ministério das Finanças.

A data é revelada depois de a Fesap ter considerado, em declarações ao Público, que o Governo está a "desvalorizar o papel dos sindicatos" e a violar a "lei da negociação colectiva" por estar a dar prioridade às negociações com os partidos. Em causa está o descongelamento de carreiras, mas também o alargamento do diploma das pensões antecipadas à Função Pública, sem que tenha havido negociação com os sindicatos do sector.

A Fesap ameaçava avançar para greve caso o Governo não marcasse rapidamente uma reunião. Ao Negócios, José Abraão afirma que todas as opçoões de protesto continuam em cima da mesa se não se chegar a uma negociação efectiva. "Nós não aceitamos qualquer tipo de fraccionamento no descongelamento de carreiras a que os trabalhadores têm direito a partir de 1 de Janeiro".

A estrutura da UGT tinha efectivamente combinado com o Governo negociar o descongelamento das carreiras em Julho, o que não aconteceu. No início desse mês, Carolina Ferra, secretária de Estado da Administração Pública, foi substituída por Fátima Fonseca.

"Apresentámos a 31 de Julho um caderno reinvindicativo e esperamos que o Governo apresente as contra proposta", referiu ao Negócios Helena Rodrigues, presidente do STE. A proposta incluia aumentos salariais de 2%, além do descongelamento integral das progressões.

O Governo não tem adiantado mais informação sobre um dos temas centrais do orçamento do Estado, o descongelamento de carreiras. Já se sabe que, ao contrário dos sindicatos, o Governo pretende que esse processo seja gradual, e que dará prioridade a quem não teve qualquer aumento de posição remuneratória.

Este princípio, anunciado pelo primeiro-ministro em entrevista ao Expresso, pode deixar para segundo plano os militares, os polícias da PSP, os diplomatas ou guardas prisionais ou os médicos que, segundo o Governo, solicitaram promoções nos últimos anos.


Actualizado pela ultima vez às 21:09 com declarações dos dirigentes sindicais.
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