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Criação de emprego abranda no Estado apesar do reforço do SNS

O número de trabalhadores do Estado voltou a superar a 700 mil pessoas o que já não acontecia desde 2012. O salário médio bruto, incluindo suplementos, estava a subir 2,9% em abril.

Bruno Colaço
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O emprego no Estado estava a crescer 2,2% no final do segundo trimestre deste ano, a um ritmo mais lento do que no ano passado, apesar do reforço de pessoal no Serviço Nacional de Saúde, de acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), publicada esta quinta-feira.

Os dados publicados pela DGAEP mostram que o número de trabalhadores do Estado voltou no início do ano a ultrapassar as 700 mil pessoas (são agora 705 mil), o que já não acontecia desde junho de 2012.

Desde que o Governo de António Costa tomou posse, no final de 2015, o número de trabalhadores aumentou em 46 mil pessoas, o que foi, ainda assim, insuficiente para repor o nível que se verificava no final de 2012, quando o Estado chegou a ter mais de 727 mil trabalhadores.

De acordo com a nota da DGAEP, para o aumento de 2,2% contribuiu essencialmente, na administração central, a variação verificada nas entidades públicas empresariais do Serviço Nacional de Saúde, "para o qual contribuem as carreiras de médico (+1138), enfermeiro (+3205) e técnico de diagnóstico e terapêutica (+543)".

Em Setembro do ano passado, o emprego no Estado chegou a crescer 2,7%, mas o ritmo abrandou nos meses seguintes (para 2,3% em dezembro e, sabe-se agora, 2,1% em março e 2,2% em junho).

A publicação destas estatísticas esteve suspensa durante a pandemia, conhecendo-se agora os valores relativos ao primeiro e segundo trimestre do ano.

Salário médio do Estado sobe 2,9%

Já o salário médio, incluindo subsídios, situava-se em abril de 2020 nos 1 783,8 euros brutos, o que corresponde a uma variação homóloga de 2,9%.

"Estas variações resultam sobretudo do aumento da remuneração base média mensal e da diminuição global da importância das restantes componentes do ganho, como prémios e subsídios ou suplementos regulares, e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias", diz a síntese da DGAEP, sobre as estatísticas que se baseiam na informação enviada pelos serviços.

O salário base bruto estava em abril a subir 3,3% em termos homólogos, "por efeito essencialmente da atualização do valor da base remuneratória (645,07€) e do valor das remunerações base mensais na Administração Pública, pela atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) para os 635,00€, bem como do processo gradual de descongelamento das carreiras".

 

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