Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

ADSE diz que novas tabelas evitam défice de tesouraria

Há versões distintas sobre a negociação. A ADSE garante que há alterações polémicas que tiveram no passado o acordo dos privados e admite aceitar propostas. A APHP destaca que não houve ontem abertura para negociar.

Miguel Baltazar/Negócios
  • 5
  • ...

O Presidente da ADSE alega que sem a aprovação das novas tabelas, que estão a ser contestadas pelos privados, o subsistema poderia entrar já este ano em "défice de tesouraria". Mas as versões divergem: enquanto a ADSE garante que algumas das alterações mais polémicas tiveram o acordo dos privados, e que pode ainda aceitar novas propostas, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) destaca que não houve na reunião desta quinta-feira por parte da ADSE qualquer abertura para negociar.

"Foi informado o Senhor Presidente da APHP da urgência da implementação das alterações apresentadas, porque em caso contrário poderia a exploração da ADSE já no ano de 2018 vir a gerar um saldo de tesouraria negativo, considerando que se venham a manter as taxas de crescimento da despesa com o regime convencionado e com o regime livre verificadas nos últimos três anos", sem considerar o impacto do eventual alargamento de inscrições, revelou numa resposta escrita ao Negócios o presidente da ADSE, depois de uma reunião com a APHP.

A ADSE garante que algumas das alterações mais polémicas tiveram no passado o acordo da APHP. "É por exemplo o caso da margem estabelecida sobre o preço do medicamento a ser disponibilizado em unidose durante um internamento de um beneficiário da ADSE," que será de 40% sobre o PVP desse medicamento, proposta que a ADSE garante que foi feita por "um dos membros da direcção da APHP".

 "É também o caso do estabelecimento de preços fechados por procedimento cirúrgico, metodologia com a qual a APHP veio a concordar por carta enviada em devido tempo à ADSE", prossegue Carlos Liberato Baptista, manifestando abertura para incluir propostas dos privados até dia 26, de forma a que a nova tabela entre em vigor a 1 de Março.

As versões são distintas. Minutos antes, o presidente da APHP afirmava que não houve na reunião desta quinta-feira "qualquer demonstração de abertura" por parte da ADSE para negociar.

Em declarações ao Negócios, Óscar Gaspar, que estima que os hospitais privados possam perder mais de 10% com a facturação (a ADSE fala em 6%) mostrou-se especialmente preocupado com o valor proposto para os limites de facturação dos medicamentos, internamentos, colonoscopias e endoscopias. "O que a ADSE diz é que precisa de reduzir despesa. Mas a boa gestão não é feita através de cortes administrativos".

Não houve qualquer demostração de abertura para negociar. Óscar Gaspar
Presidente da APHP
Ver comentários
Saber mais ADSE saúde consultas Função Pública APHP
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio