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Preço médio do petróleo pode rondar os 105 dólares por barril em 2022, antecipa o Governo

A proposta do Orçamento do Estado para 2022 foi entregue esta quarta-feira pelo Governo no Parlamento.

Os “stocks” norte-americanos de crude caíram e um importante terminal de exportação de petróleo no Mar Negro está com disrupções.
Miguel Gutierrez/EPA
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O Governo antecipa que o preço médio do barril de petróleo fique próximo de 105 dólares este ano. As estimativas sobre as quais foram definidos os pressupostos para o Orçamento do Estado para 2022 - cuja proposta foi entregue esta quarta-feira pelo Executivo liderado por António Costa no Parlamento - refletem o agravamento dos preços das "commodities" nos mercados internacionais.

A proposta de OE 2022 aponta para que o petróleo atinja 104,6 dólares por barril em 2022, ou seja, acima dos 71,1 dólares por barril do ano passado. Para explicar o agravamento, o Ministério das Finanças aponta as tensões geopolíticas que resultam da invasão da Rússia à Ucrânia, sublinhando que o contexto atual do mercado petrolífero é "caraterizado por uma elevada volatilidade".

A escalada do preço das matérias-primas energéticas tem vindo a agravar as pressões inflacionistas. "A partir do segundo semestre de 2021 as pressões inflacionistas aumentaram significativamente", principalmente nas economias avançadas, refere a proposta de OE 2022.

Além da subida acentuada dos preços das matérias-primas, em particular as energéticas (petróleo e gás natural) e, consequentemente, da eletricidade, também o impacto dos constrangimentos da oferta de diversos bens e a recuperação dos serviços mais afetados pela pandemia estão a impulsionar a inflação. E a situação poderá piorar.

"O preço do petróleo já ultrapassou os 100 dólares por barril, tendo quase duplicado face a 2021, enquanto o preço do gás no mercado grossista chegou a ultrapassar em dez vezes o preço homólogo. Um prolongamento ou escalar maior do conflito poderá refletir-se numa intensificação destas pressões inflacionistas com maiores interrupções nas cadeias de abastecimento globais, e com reflexo numa redução da confiança das famílias e das empresas, limitando o dinamismo económico na área do euro e em Portugal", avisa.

Por causa deste risco, o Governo adotou uma série de medidas para mitigar os efeitos da crise energética. Este pacote ascende a 1.335 milhões de euros, com um impacto no saldo de 1.125 milhões de euros (0,5% do PIB), de acordo com as estimativas apresentadas esta quarta-feira.

(Notícia atualizada)
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