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Pedro Nuno Santos: Foi a procura interna que puxou pela economia em 2014 e 2015

O PSD acusou o Governo de estar a conseguir pôr a economia a crescer à custa da “sua” receita, de aposta na procura externa e não na interna. Ora, contrapôs Pedro Nuno Santos, o contributo externo foi negativo em 2014 e 2015.

Miguel Baltazar
24 de Novembro de 2016 às 13:10
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O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, disse esta manhã, durante a abertura do debate do Orçamento do Estado para 2017, que não foram as exportações que valeram à economia portuguesa em 2014 e 2015, mas sim a procura interna. Isto depois de o deputado do PSD, Duarte Pacheco, ter acusado o Governo de "fazer a festa" com a receita social-democrata, baseada na procura externa e não na interna.

 

"Disse aqui que temos o crescimento que temos no terceiro trimestre, o maior da União Europeia [de 1,6% em termos homólogos, 0,8% em cadeia], com o modelo de crescimento do PSD. Quer dizer que o modelo de crescimento foi o da procura externa", enquadrou. Ora, "o que proporcionou o crescimento em 2014 e 2015? Vão ver que a procura interna dá contributo positivo e a procura externa dá um contributo negativo. Porquê? Porque as importações cresceram mais que as exportações", justificou.

 

Já este ano, "o consumo privado aumentou", mas o que "explica o aumento do crescimento económico" é o "aumento da procura externa que é positiva, ao contrário de 2014 e 2015", acrescentou.

 

No início da sua intervenção, Pedro Nuno Santos mostrou-se satisfeito com a execução de 2016. "A execução dá credibilidade à proposta que apresentamos para 2017". Face às acusações do PSD de que os resultados "são conseguidos com medidas extraordinárias, com um plano B" que não mais é que "cativações permanentes", de mais de "400 milhões de euros", o secretário de Estado admitiu que elas existem. Efectivamente "são 445 milhões de euros, mas não é um plano B, porque estavam previstas no OE deste ano como plano A" e "comparam com os 534 milhões de cativações em 2015 e 578 milhões em 2014".

 

Aumentar pensões em Agosto é eleitoralista?

 

Pedro Nuno Santos reiterou depois que o Governo tem uma estratégia diferente da de PSD e CDS. "Este Governo e esta maioria defendem o Estado Social. Se quiserem perceber melhor, perguntem aos trabalhadores que recebem o salário mínimo qual é a nossa estratégia e qual era a vossa. Perguntem aos pensionistas, perguntem aos funcionários públicos qual era a nossa estratégia e a vossa".

 

E abordou depois as acusações de eleitoralismo. "Fazem um exercício interessante" dizendo que "aumentar pensões em Agosto é eleitoralista". Para Pedro Nuno Santos, "eleitoralista é sempre um grande argumento". "Nunca entendi muito bem por que se usa o termo eleitoralista em política. É uma forma de assumir que a medida é boa", atirou.

 

Se o aumento fosse em Janeiro, "os pensionistas iam ficar confundidos se este aumento tinha sido feito por nós ou pelos senhores? Será que os funcionários públicos vão chegar a Outubro a pensar se foram vocês que fizeram a reposição? É estranho este vosso argumento", rematou.

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