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Novas regras orçamentais da UE obrigam Portugal a excedente de 2,6%

Segundo as contas do "think tank" Bruegel, se Portugal apresentar um plano a quatro anos, o excedente terá de ser de 2,6%, enquanto se o plano for a sete anos este terá de ser de 2,3%.

O ministro das Finanças, Miranda Sarmento, recebe esta sexta-feira a proposta de Bruxelas para a evolução da despesa nos próximos anos.
António Cotrim/Lusa
24 de Junho de 2024 às 09:28
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De acordo com uma análise do "think tank" Bruegel, Portugal terá de continuar a apresentar excedentes muito significativos nos saldos estruturais primários (que são os saldos orçamentais excluindo medidas extraordinárias e juros) para conseguir cumprir as novas regras orçamentais da União Europeia, avança o Público esta segunda-feira. Isto tendo em conta o nível ainda bastante elevado da dívida pública.

Segundo as contas do Bruegel, se Portugal apresentar um plano a quatro anos, o excedente terá de ser de 2,6%, enquanto se o plano for a sete anos este terá de ser de 2,3%


Estas novas regras orçamentais impostas por Bruxelas irão assim forçar Portugal a aplicar uma política orçamental mais restritiva do que as anteriores, ao contrário da quase totalidade dos outros países da UE. O país já recebeu o valor de referência para a variação da despesa primária líquida que poderá realizar no próximo ano e que servirá de base para construir os novos planos orçamentais de quatro ou sete anos, sendo a margem para políticas expansionistas muito curta, a menos que sejam feiras compensações. 

Apesar de já estar na posse da sua trajetória de referência para a evolução da despesa líquida, enviada na sexta-feira pela Comissão Europeia, esta ainda não foi tornada pública, o que dá espaço para serem definidos números finais após negociações entre o Governo e a UE.

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