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Municípios propõem que IVA nas cantinas passe para 6%

A Associação Nacional de Municípios Portugueses propôs aos partidos que, no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2016, o IVA das refeições escolares regresse para 6%. Essa seria uma forma de esses gastos poderem ser deduzidas ao IRS dos pais como despesas escolares.

Correio da Manhã
26 de Fevereiro de 2016 às 12:40
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Os representantes dos autarcas apresentaram um conjunto de propostas no âmbito da elaboração do Orçamento do Estado (OE) para 2016 e querem que o IVA das refeições e dos transportes escolares passe para a taxa reduzida, de 6%. Nas audições mantidas com a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa foi igualmente proposta uma redução do IVA para a iluminação pública, que é actualmente de 23% e os autarcas defendem que, sendo uma necessidade básica, deve recuar também para os 6%.

 

Em declarações ao Negócios, Manuel Machado, presidente da ANMP, explica que estas propostas estavam já contidas na resolução saída do último congresso dos autarcas e que, no caso das refeições e transportes escolares, se trata apenas de "repor a situação que existia antes de as transferências na área da educação terem sido efectuadas para as câmaras".

 

"Foi a taxa reduzida que ficou assente nessa altura, quando assumimos estas funções, e não se justifica esta alteração unilateral do acordo de partilha e de cooperação que assumimos", sublinha.

 

Por outro lado, a redução da taxa do IVA nas cantinas e transportes escolares para os 6% permitirá que os pais possam voltar a deduzir novamente estes custos ao seu IRS como despesas de educação. Isto porque, a partir da entrada em vigor da reforma do IRS, em 2015, só produtos com IVA à taxa de reduzida transaccionados por entidades com o CAE de educação é que podem ser tidos em conta nesta rubrica das deduções à colecta. Se as câmaras e juntas de freguesia até podem adquirir o CAE, mantem-se a barreira da taxa do IVA, que impossibilita a dedução.

 

As refeições escolares passaram a ter o IVA taxado a 23% quando se deu o aumento para a restauração em geral e, com este orçamento do Estado voltarão aos 13%. "Não é no entanto suficiente", declara Manuel Machado. 

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