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Governo estima que média da Euribor ainda suba este ano, mas alivie para 2,4% em 2025

A média anual da Euribor a três meses ainda deverá subir para 3,6% na média deste ano, mas o Executivo prevê uma "redução expressiva" para 2,4% no próximo ano.

Até final de março, as famílias podem com crédito a taxa variável podem pedir ao banco para trocar, durante dois anos, o indexante do contrato pela Euribor a seis meses com desconto.
João Cortesão
10 de Outubro de 2024 às 16:22
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O Governo estima que as condições de financiamento "deverão melhorar ao longo do horizonte". Na proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025) o Executivo indica que a Euribor a três meses deverá reduzir-se de "forma expressiva" no próximo ano para a fasquia dos 2,4%.

O Executivo indica que apesar da Euribor nesta maturidade já ter atingido o pico no final de 2023 em quase 4%, deverá ainda aumentar ligeiramente no conjunto deste ano para 3,6%, face a 3,4% em 2023.

Esta descida deverá acompanhar o processo de "redução da restritividade da política monetária através da descida das taxas de juros diretoras" por parte do Banco Central Europeu (BCE). O pontapé de saída foi dado em junho com um corte de 25 pontos base - o primeiro desde setembro de 2019. A segunda descida, da mesma dimensão, aconteceu meses a seguir, em setembro. O mercado espera que o BCE mantenha essa trajetória e desça novamente as taxas diretoras em 25 pontos base no encontro de outubro, que se realiza na próxima quinta-feira.

A Euribor tem dado sinais de alívio, uma vez que estas taxas são diretamente influenciadas pelos movimentos nos juros de referência na Zona Euro, já que são fixadas pela média à qual um conjunto de 57 bancos da região empresta dinheiro entre si no mercado interbancário.

A média mensal da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, mas de forma menos acentuada do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos. A média da Euribor no mês passado desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

A predominância da Euribor a 12 meses no "stock" de crédito à habitação com taxa variável tem vindo a reduzir-se e foi de 33,2% em agosto. A Euribor a 6 meses concentra a maior fatia com 37,6%, enquanto a 3 meses tem vindo a aumentar e chegou aos 25,8% em agosto.

Apesar de o OE 2025 não trazer medidas específicas para limitar o impacto do agravamento do peso da casa nos orçamentos familiares, o Ministério das Finanças já tinha anunciado uma garantia pública para que jovens até aos 35 anos possam ter acesso a financiamento a 100% na compra da primeira casa. Além disso, está em vigor uma isenção de imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT), de imposto do selo e de emolumentos, da qual já usufruíram mais de 4.000 jovens.

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