Notícia
Conselho das Finanças Públicas valida cenário macro do OE 2022
O organismo liderado por Nazaré da Costa Cabral reconhece que as projeções do Governo são coerentes com as das demais instituições que acompanham a economia portuguesa, mas avisa que há riscos, sobretudo na execução dos investimentos previstos.
"O Conselho das Finanças Públicas (CFP) endossa as estimativas e previsões macroeconómicas apresentadas" pelo Governo no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2022, conclui o organismo liderado por Nazaré da Costa Cabral. O parecer do CFP foi revelado esta terça-feira, juntamente com a proposta entregue pelo ministro das Finanças, ao Parlamento.
O cenário macroeconómico apresentado por João Leão "é globalmente coerente com as previsões e projeções mais recentes conhecidas para a economia portuguesa", indica o parecer do CFP. O ministro das Finanças aponta para um crescimento do PIB de 4,8% este ano, seguido de uma nova subida de 5,5% em 2022.
Estes números enquadram-se "no limite superior do painel de projeções", notam, ainda assim, os peritos do CFP, assinalando também a diferença da projeção de crescimento do consumo privado feita pelo Governo para este ano. João Leão está a contar com um aumento de 5,2%, valor que é "superior à perspetiva das restantes instituições consideradas".
Já para 2022, o CFP nota que o Governo apresenta uma projeção para o deflator do PIB encostada ao limite inferior do intervalo de projeções das restantes instituições, mas continua a considerar os valores do Governo como sendo qualitativamente coerentes.
Riscos são descendentes
Apesar de validar o cenário macroeconómico do Executivo, o CFP sublinha que os riscos são no sentido descendente e associados, direta ou indiretamente, à evolução da pandemia e à execução do Programa de Recuperação e Resiliência.
Por um lado, a pandemia provocou um desencontro entre a oferta e a procura nos mercados globais, o que fez subir os preços de várias matérias-primas. O CFP considera que esta situação é um risco para o mercado de trabalho e para a taxa de inflação, frisando que tanto o consumo como o investimento podem evoluir mais devagar do que o previsto.
Por outro, o Governo assume um elevado nível de execução do PRR que pode não se concretizar. "Uma execução do PRR a um nível inferior ao esperado poderá afetar de forma decisiva o investimento e penalizar o crescimento da economia no horizonte de projeção", lê-se no parecer do CFP.
O cenário macroeconómico apresentado por João Leão "é globalmente coerente com as previsões e projeções mais recentes conhecidas para a economia portuguesa", indica o parecer do CFP. O ministro das Finanças aponta para um crescimento do PIB de 4,8% este ano, seguido de uma nova subida de 5,5% em 2022.
Já para 2022, o CFP nota que o Governo apresenta uma projeção para o deflator do PIB encostada ao limite inferior do intervalo de projeções das restantes instituições, mas continua a considerar os valores do Governo como sendo qualitativamente coerentes.
Riscos são descendentes
Apesar de validar o cenário macroeconómico do Executivo, o CFP sublinha que os riscos são no sentido descendente e associados, direta ou indiretamente, à evolução da pandemia e à execução do Programa de Recuperação e Resiliência.
Por um lado, a pandemia provocou um desencontro entre a oferta e a procura nos mercados globais, o que fez subir os preços de várias matérias-primas. O CFP considera que esta situação é um risco para o mercado de trabalho e para a taxa de inflação, frisando que tanto o consumo como o investimento podem evoluir mais devagar do que o previsto.
Por outro, o Governo assume um elevado nível de execução do PRR que pode não se concretizar. "Uma execução do PRR a um nível inferior ao esperado poderá afetar de forma decisiva o investimento e penalizar o crescimento da economia no horizonte de projeção", lê-se no parecer do CFP.