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Aguiar-Branco pede que Orçamento do Estado não seja "transformado numa moção de censura"
Presidente da Assembleia da República afirma em entrevista ao programa Hora da Verdade do Público e da Rádio Renascença que os portugueses esperam que seja encontrado um consenso que trave uma terceira eleição em três anos.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, espera que o Orçamento do Estado para 2025, que vai ser votado na generalidade dentro de pouco mais de um mês, "não seja chumbado", até porque "os portugueses não querem novas eleições" e "não compreenderiam" a inexistência de um consenso.
"Não podemos deixar que se transforme esta situação numa moção de censura e, portanto, que não tenha a lógica daquilo que é a discussão de um orçamento. O orçamento é nós olharmos para o interesse superior do país e vermos qual é esse interesse superior neste momento. E, neste momento, acho que os portugueses não querem novas eleições, não compreenderiam que nós, políticos e na Assembleia da República, não encontrássemos o consenso que permitisse não termos uma terceira eleição em três anos", afirmou em entrevista ao programa Hora da Verdade do Público e da Rádio Renascença.
"Devemos, todos, fazer um esforço e não transformar este debate numa moção de censura", declarou a segunda figura do Estado, apontando que ao discutir o orçamento os intervenientes devem "ter em atenção o compromisso que, enquanto deputados, fizemos com os eleitores, que votaram para uma legislatura de quatro anos".