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Agricultura e Administração Interna são os únicos ministérios com cortes

Mar, Planeamento, Ciência, Defesa e Ambiente vão ter os maiores reforços em termos percentuais.

Miguel Baltazar
16 de Outubro de 2018 às 10:30
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Os Ministérios da Agricultura e da Administração Interna vão ser os únicos que vão ter menos dinheiro no próximo ano, de acordo com o relatório do Orçamento do Estado para 2019.

Segundo o documento, divulgado esta segunda-feira à noite, 15 de Outubro, o Ministério liderado por Capoulas Santos vai ter um orçamento consolidado de 1.256,5 milhões de euros em 2019, o que representa um corte de 8% face à estimativa de execução para o final deste ano.

Já o Ministério liderado por Eduardo Cabrita vai ter um orçamento de 2.188,7 milhões de euros, o que traduz uma redução de 2,7% em relação à estimativa de execução de 2018.

De resto, todos os ministros terão razões para sorrir. Uns mais do que outros, é certo. O maior aumento percentual vai para o Ministério do Mar, ainda que em termos absolutos não seja o maior. Em termos consolidados, a ministra Ana Paula Vitorino vai poder contar com 127,9 milhões de euros, ou seja, mais quase 80% do que este ano.

O orçamento do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas vai subir 37,5% para um total de 5.014,40 milhões de euros, enquanto que o da Ciência e Ensino Superior registar um acréscimo de 18,6% para 2.764,1 milhões.

Entre os ministros que acabaram de tomar posse, o destaque vai para o novo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, que vai ter um reforço de 17,5% e gerir um total de 2.338,9 milhões de euros. Graça Fonseca, na Cultura, vai ter 501,3 milhões (+12,6%), Pedro Siza Vieira,  na Economia, 2.112,5 milhões (+4,3%) e Marta Temido, na Saúde, 11.013,3 milhões (+5%).

No caso da sucessora de Adalberto Campos Fernandes, convém referir que o orçamento do SNS só vai subir 2,3%, e que este ano ainda vão injectar mais 500 milhões de euros para pagar dívidas em atraso, além dos 1,4 mil milhões anunciados no final do ano passado.

O orçamento do ministério do Ambiente vai totalizar 2.507,2 milhões, o que corresponde a um aumento de 16,9%, enquanto que o da Educação se fica por um acréscimo de 1,3% para 6.421,3 milhões.

A ministra da Justiça vai ter um reforço orçamental de 12,6% para um total de 1.469 milhões e o do Trabalho e Segurança Social de 4,9% (20.966,3 milhões).

O orçamento do Ministério de Mário Centeno será de 17.816,5 milhões de euros, ou seja, mais 17% do que a estimativa de execução para este ano.
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