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Teodora Cardoso: “Vai haver imenso teatro na discussão do orçamento”
A presidente do Conselho das Finanças Públicas diz que Centeno "está a fazer o que pode", mas critica o facto de a mensagem de corte no défice ser "dúbia". O ministro está a consolidar "um bocadinho às escondidas", defende.
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23 de Setembro de 2018 às 12:00
Vai ter "imenso teatro", mas no final acabará por ser aprovado. É esta a expectativa da presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, para a discussão e votação do Orçamento do Estado para 2019.
"Espero que o Orçamento seja perfeitamente normal", diz a ex-administradora do Banco de Portugal, em entrevista ao Negócios e à Antena 1. Ou seja, "que vá no sentido de reduzir o défice e mantenha a linha dos últimos tempos. Vai ter imenso teatro na discussão porque todos os partidos vão ter que mostrar que não estão de acordo com uma série de coisas. Mas no fim de contas vão acordar no que é essencial", explica.
Aliás, para Teodora Cardoso se nos anos anteriores "ainda havia dúvidas" sobre se o entendimento entre o Governo socialista e os parceiros de esquerda, BE e PCP, iria funcional, "agora já se viu que funciona". "Pelo menos no curto prazo", ressalva.
A presidente do CFP diz que Mário Centeno "está a ser um bom ministro das Finanças" porque "está a fazer o que pode". Mas critica a forma como o também presidente do Eurogrupo tem gerido o discurso político. A mensagem sobre a necessidade e a importância de consolidar as contas "é um bocadinho dúbia", quando devia ser "mais afirmativa".
Aliás, para Teodora Cardoso o ministro das Finanças está a fazer a consolidação "um bocadinho às escondidas", na medida em que os resultados acabam por ser uma redução progressiva do défice e da dívida, mas o discurso não é tão claro. "É claro que as circunstâncias do país não são fáceis e há esta pressão pública política no sentido de não reconhecer a importância de responder às pressões", adianta.
"Espero que o Orçamento seja perfeitamente normal", diz a ex-administradora do Banco de Portugal, em entrevista ao Negócios e à Antena 1. Ou seja, "que vá no sentido de reduzir o défice e mantenha a linha dos últimos tempos. Vai ter imenso teatro na discussão porque todos os partidos vão ter que mostrar que não estão de acordo com uma série de coisas. Mas no fim de contas vão acordar no que é essencial", explica.
A presidente do CFP diz que Mário Centeno "está a ser um bom ministro das Finanças" porque "está a fazer o que pode". Mas critica a forma como o também presidente do Eurogrupo tem gerido o discurso político. A mensagem sobre a necessidade e a importância de consolidar as contas "é um bocadinho dúbia", quando devia ser "mais afirmativa".
Aliás, para Teodora Cardoso o ministro das Finanças está a fazer a consolidação "um bocadinho às escondidas", na medida em que os resultados acabam por ser uma redução progressiva do défice e da dívida, mas o discurso não é tão claro. "É claro que as circunstâncias do país não são fáceis e há esta pressão pública política no sentido de não reconhecer a importância de responder às pressões", adianta.