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Medina diz que três quartos do pacote anti-inflação vão para devolução de rendimentos

O ministro das Finanças garante que os objetivos para o défice e para a dívida não são alterados. Quarteto de ministros apresenta esta terça-feira os detalhes das medidas para fazer face à subida dos preços.

Andamento das contas públicas até julho leva analistas a insistir em brilharete orçamental. Crescimento da receita fiscal está muito acima do previsto inicialmente.
Mariline Alves
06 de Setembro de 2022 às 10:09
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O ministro das Finanças garantiu esta terça-feira que 1,8 mil milhões de euros dos 2,4 mil milhões do pacote anti-inflação serve para devolver rendimentos às famílias portuguesas e que se trata de medidas "eficazes", "abrangentes" e que a distribuição de hoje "não é para voltar a pedir amanhã".

"É eficaz na resposta às famílias porque enfrenta o fenómeno da inflação pela escala e dimensão que coloca. Mais vasto do pronto de vista da abrangência o maior no nosso país", afirmou Fernando Medina, garantindo que abrange uma "larguíssima parte da população. Um programa dirigido às classes médias e é a marca distintiva", indicou.

Mas também, continuou, "é um [pacote] abrangente nas soluções, porque toca áreas de preocupação das famílias – como os custos dos combustíveis, transportes e energia", indicando que "a parte fundamental consiste na devolução de rendimentos 1,8 mil milhões consiste em devolução de rendimentos", ou seja, 75% do pacote global aprovado esta segunda-feira pelo Governo.

Mas o ministro das Finanças recuperou o argumento dado de véspera pelo primeiro-ministro para apresentar só agora este pacote de medidas. "É oportuno no tempo, porque temos vindo a construir respostas no tempo e no modo", lembrando que no final do ano passado, as previsões da inflação eram "muito diferentes" dos valores atuais. Medina justificou com os dados que já existem e permitem uma avaliação mais próxima da realidade dos impactos da inflação e da capacidade do Estado para responder "na altura em que temos a confirmação da natureza do fenómeno da inflação, mais demorada", com maior "grau de confiança nos indicadores das finanças públicas."

Metas de défice e dívida inalteradas


O ministro das Finanças garantiu, por outro lado, que mesmo com este pacote, as metas para o défice e para a dívida não serão alteradas face ao que está previsto no Orçamento do Estado para este ano.

É um pacote de "prudência porque mantemos inalterados os objetivos de défice e de dívida que não aumentam na decorrência deste programa", assegurou Medina.

Para o final deste ano, o Governo prevê uma dívida pública de 120,7% do PIB e um défice de 1,9%.

(Notícia em atualização)

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