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Marcelo acredita em "convergência nacional" para atingir défice de 2,5%

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou-se convicto de que "há uma convergência nacional" para que o défice deste ano fique nos 2,5%, tal como houve contra as possíveis sanções a serem aplicadas a Portugal.

Bruno Simão/Negócios
02 de Setembro de 2016 às 20:26
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"Assim como em relação às sanções houve uma convergência nacional no sentido de não haver sanções, eu também tenho para mim que há uma convergência nacional dos vários quadrantes da vida portuguesa, no sentido de o défice ficar nos 2,5% de que fala a Comissão Europeia", afirmou o chefe de Estado esta sexta-feira, 2 de Setembro, à margem da inauguração da Feira do Livro do Porto.

 

E acrescentou: "tudo o que nós queremos é que corra bem a Portugal (...) e nesse sentido não pode ser apenas a vontade de um ou dois protagonistas, é uma conjugação nacional que é muito importante".

 

Na quinta-feira, o Presidente da República defendeu que é preciso esperar até ao final do ano para saber se o caminho económico do Governo teve sucesso ou não, mas manifestou-se confiante na redução do défice.

 

Hoje porém o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, disse ter ficado "mais tranquilo" depois de ver o Presidente da República convicto sobre a redução do défice para 2,5%, mas não consegue ser "tão categórico" com os dados de que dispõe.

 

Já o primeiro-ministro, António Costa, adiantou que se está "a inverter, ainda que ligeiramente, a tendência que vinha de 2015, de desaceleração" da economia e o défice deste ano ficará "confortavelmente abaixo de 2,5%".

 

Aproveitando a visita à Feira do Livro no Porto, Marcelo Rebelo de Sousa recomendou hoje a leitura da tetralogia de Elena Ferranti "A Amiga Genial" quer ao primeiro-ministro, António Costa, como ao líder da oposição, Pedro Passos Coelho.

 

"Primeiro, porque não tem a ver directamente com a política. Depois, porque dá um retrato da evolução de uma relação entre duas amigas, mas no fundo de uma geração ao longo de décadas. Faz a história da Itália do pós-guerra até ao presente (...) e eu penso que os políticos ganham (...) em não lerem só política", explicou.

 

Justificou ainda, em tom de brincadeira, que para se lerem os quatro volumes "dá para encher a execução orçamental de 2016, a preparação do orçamento de 2017 e, se forem muito lentos, ainda o começo da execução orçamento de 2017".

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