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Défice da balança de bens regista nível mais alto desde 2008

O défice da balança de bens aumentou 1079 milhões de euros em relação a março de 2021, para 1992 milhões de euros.

Tiago Sousa Dias
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O défice da balança de bens portuguesa acumulado até março registou o nível mais alto desde 2008, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

 

O défice da balança de bens aumentou 1.079 milhões de euros em relação a março de 2021, para 1.992 milhões de euros, refletindo um crescimento das importações superior ao das exportações (26,8% e 12,1%, respetivamente).

Segundo a instituição monetária, "tanto o valor das exportações como o das importações foram superiores aos registados antes da pandemia".

 

As exportações de serviços aumentaram 73,4% enquanto as importações subiram 40,5% em termos homólogos, superando os valores observados antes da pandemia.

O Banco de Portugal explica que "para esta subida contribuíram os saldos das rubricas de viagens e turismo, de transporte aéreo, de serviços informáticos e de outros serviços fornecidos por empresas".





 

Já as exportações e as importações de viagens e turismo cresceram, em termos homólogos 343,2% e 89,3%, respectivamente permitindo que o excedente desta rubrica aumentasse 786 milhões de euros. As exportações superaram em 5% o valor do primeiro trimestre de 2019, enquanto as importações se situaram 15% abaixo desse período.

No primeiro trimestre, a economia nacional contabilizou um défice externo de 1,317 milhões de euros, que compara com o excedente de 483 milhões de euros observado no primeiro trimestre de 2021.

 

Em março, o défice da balança corrente e de capital foi de 303 milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 491 milhões de euros em termos homólogos.

 

O Banco de Portugal justifica que "esta evolução deveu-se, sobretudo, ao saldo da balança comercial (saldo da balança de bens e serviços), o qual diminuiu 353 milhões de euros em relação ao mês homólogo, dado que o aumento do excedente da balança de serviços não foi suficiente para compensar o acréscimo do défice da balança de bens".

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