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Comissão Europeia diz que Portugal precisa de uma estratégia sólida de crescimento
No relatório da 11ª avaliação, as equipas de Bruxelas notam a falta de um plano de médio prazo para o crescimento.
Findo o programa de acção enquadrado no programa de ajustamento, o que se segue? A Comissão Europeia e o FMI não escondem preocupação com o chamado “pós-troika”, pedem consensos, e Bruxelas diz mesmo que Governo precisa de desenhar uma estratégia para lá do actual programa, que termina daqui a três semanas.
“É essencial que o Governo português desenvolva uma estratégia sólida de médio prazo com o objectivo de transportar o actual momento para lá do horizonte do actual programa”, escreve a Comissão Europeia no relatório da 11ª avaliação ao programa de ajustamento, divulgado quinta-feira, dia 24 de Abril.
Segundo Bruxelas, os sinais de recuperação são bons, mas fracos, especialmente tendo em conta os desafios que o elevado endividamento privado e público colocam à economia. “A recuperação permanece frágil na medida em que o excesso de dívida pública e privada deverá pesar nas perspectivas de médio prazo, enquanto a necessária transição de um modelo de crescimento baseado na procura doméstica para uma expansão liderada pelas exportações permanece desafiante”.
Nesse sentido, a Comissão Europeia pede compromisso renovado do Governo com a estratégia de consolidação orçamental e um aprofundamento das reformas estruturais já implementadas. “Em particular, construir sobre as reformas já desenvolvidas é importante para manter o momento de reformas através de mais esforços no mercado de trabalho, nas indústrias de rede, nos serviços e profissões reguladas, assim como promover serviços públicos mais eficiente”, escrevem.