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BdP: A redução do investimento é fortemente prejudicial

Estado, empresas, bancos e famílias têm de continuar a reduzir o seu nível de endividamento, que persiste elevado. Mas, no meio deste processo, é preciso mobilizar investimento, porque sem ele não há crescimento futuro, alerta o Banco de Portugal.

Sara Matos/Negócios
12 de Novembro de 2014 às 14:32
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"A redução do investimento em capital fixo é fortemente prejudicial ao crescimento potencial da economia portuguesa", adverte o Banco de Portugal, ao chamar a atenção para o que sublinha ser um dos maiores desafios do País: a necessidade de continuar a reduzir o seu elevado nível de endividamento - ao nível do Estado, das empresas, da banca e das famílias - e, ao mesmo tempo, retomar o investimento, que tem vindo a ser alimentado essencialmente pelo exterior.

 

"A redução do investimento em capital fixo é fortemente prejudicial ao crescimento potencial da economia portuguesa. O baixo crescimento da economia portuguesa, num contexto de baixa inflação, dificulta a redução do rácio de dívida no PIB e implica menor geração de rendimento, dificultando o serviço da dívida por parte dos vários agentes. Este factor é especialmente relevante dado o elevado endividamento das empresas portuguesas. Constitui, por isso, uma vulnerabilidade importante para a economia portuguesa, com potenciais consequências sobre a estabilidade financeira", escreve o banco central no seu Relatório de Estabilidade Financeira divulgado nesta quarta-feira, 12 de Novembro.

 

O investimento, que em 2013 equivalia a cerca de 15% do PIB português, tem sido das variáveis mais castigadas ao longo do recente processo de ajustamento abrupto desencadeado com o pedido de assistência externa em 2010. Nas projecções do Governo, deverá crescer neste ano 1,5%, depois de ter caído 6,5% e 15% nos dois anos anteriores.

 

"Garantir um processo de ajustamento que promova a desalavancagem nos vários sectores da economia portuguesa e, simultaneamente, crescimento económico, assente em investimento em sectores com níveis de produtividade elevados e que beneficiem de uma procura sustentável, é claramente um dos maiores desafios na actualidade", resume a entidade liderada por Carlos Costa.

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