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Crise grega ao minuto, 11 de Julho: Eurogrupo continua este domingo após mais de oito horas de negociações inconclusivas

Mais de oito horas de negociações não foram suficientes para os ministros das Finanças chegarem a acordo sobre o início das negociações para um terceiro resgate à Grécia. O Eurogrupo exige mais reformas à Grécia e desconfia da capacidade de Atenas em implementar as medidas a que se propõe. As negociações continuam este domingo, a Finlândia ameaça com um não e Dijsselbloem avisa que um acordo "ainda está muito difícil". Veja o filme de mais um dia inconclusivo na crise grega. Acompanhe aqui os desenvolvimentos do dia.

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23h31 O ministro das Finanças espanhol ainda confia que é possível chegar a acordo este domingo. Aos jornalistas afirmou que "podia ter corrido melhor, podia ter corrido pior", mas "temos que continuar a tentar até ao fim".

 

23h30 O comissário do Euro, Pierre Moscovici, disse aos jornalistas que lhes dirá amanhã se ainda vai ter lugar a cimeira de líderes da Zona Euro no domingo à tarde. Um dos responsáveis europeus que mais optimismo tem demonstrado sobre a crise grega, afirmou que "mantém sempre a esperança".

 

23h28 O ministro das Finanças da Irlanda não fez comentários à saída do Eurogrupo. Mario Draghi também optou por não fazer declarações aos jornalistas. 

 

23h25 "Interrompemos a nossa reunião e continuaremos amanhã. Fizemos uma análise profunda das propostas gregas. A questão da credibilidade e confiança foi debatida, tal como as questões financeiras, mas não concluímos a nossa análise", disse o presidente do Eurogrupo aos jornalistas em Bruxelas, de acordo com o Politico. Jeroen Dijsselbloem não se mostrou nada optimista com a possibilidade de haver um acordo. "Ainda está muito difícil", respondeu. 

 

23h24 O ministro das Finanças da Finlândia, Alex Stubb, afirmou à saída do encontro que "foram feitos bons progressos. Já o seu homólogo francês, Michel Sapin, questionado se está optimista em relação a um acordo, respondeu: "Sempre". 

 

23h19 Questionado se há um sim ou um não à proposta grega, o ministro das Finanças da Eslováquia afirmou apenas: "Não é a melhor resposta".

 

23h15 Esta noite (em Bruxelas já é domingo) não haverá qualquer comunicado, sendo que o presidente do Eurogrupo deverá falar aos jornalistas. O encontro dos ministros das Finanças do Euro será retomado às 11h00 (10h00 em Lisboa). O tempo será curto para haver conclusões antes de ter início a cimeira de líderes da Zona Euro, que está agendada para as 15h00.

 

23h03 Quase nove horas de negociações não foram suficientes para haver um acordo no Eurogrupo com vista ao início das negociações para um terceiro resgate à Grécia. O ministro das Finanças da Finlândia, que alegadamente está contra o terceiro resgate, anunciou nas redes sociais que a reunião dos ministros das Finanças do euro continua amanhã.

 

22h50 Depois do Frankfurter Allgemeine Zeitung  (FAZ) ter noticiado que o Governo alemão elaborou um documento onde é proposto a saída da Grécia da Zona Euro de forma temporária (cinco anos) para poder reestruturar a sua dívida, outros meios de comunicação social, como o WSJ e a Reuters, também o estão a citar.

 

Apesar de não ter sido discutido no Eurogrupo, este documento acabou por marcar a reunião dos ministros das Finanças do euro que já dura há mais de oito horas e não tem ainda hora para acabar.

 

22h11 O encontro do Eurogrupo já decorre há mais de oito horas. 

 

21h21 Os meios de comunicação social finlandeses confirmaram que o governo não vai apoiar o terceiro resgate à Grécia. 

 

Os pedidos de resgate ao Mecanismo Europeu de Estabilidade são decididos por unanimidade entre os ministros das Finanças. Esta regra pode, porém, ser substituída por uma maioria qualificada de 85% caso a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu constatem ser necessário uma decisão urgente. 

 

20h49 A Finlândia, de acordo com a imprensa do país que está a ser citada pelo Guardian, está a adoptar a posição mais dura contra a Grécia, exigindo mesmo a saída do país do euro. O ministro das Finanças Alexander Stubb pode mesmo vir a bloquear um acordo, numa altura em que o Governo do seu país pode também estar em causa neste Eurogrupo. É que o partido Verdadeiros Finlandeses ameaça abandonar a coligação se o que Governo que apoia se mostrar favorável a dar luz verde a um terceiro resgate à Grécia. Segundo a correspondente em Bruxelas da televisão estatal finlandesa, os Verdadeiros Finlandeses já ameaçaram sair do Governo.

 

20h39 O jornal grego Khatimerini está a avançar que ao ministro das Finanças Euclides Tsakalotos está a ser pedido que implemente reformas mais duras e que o Parlamento grego aprove de forma "imediata" várias das medidas com que se compromete na proposta apresentada aos credores. São as denominadas "prior actions" (como a subida do IVA e as alterações nas pensões) que os ministros querem ter a certeza que serão implementadas o mais rápido possível. Segundo o jornal grego, depois do referendo, os ministros ficaram mais cépticos sobre a vontade do Governo de Tsipras implementar reformas e querem agora garantias adicionais. E exigem mais reformas pois o que está em cima da mesa é um terceiro resgate – com um financiamento superior a 53,5 mil milhões de euros - e não o prolongamento do segundo resgate.

 

19h52 O The Guardian escreve que os ministros das Finanças estão a preparar a resposta às propostas apresentadas por Atenas, exigindo mais medidas. O jornal britânico avança também que o Eurogrupo poderá terminar sem acordo. 

 

19h00 Entretanto, em Atenas, o ministro da Economia, Giorgos Stathakis, acredita que o Governo vai conseguir obter o apoio parlamentar necessário para implementar o plano de reformas.

 

Stathakis defendeu que os deputados do Syriza que ontem votaram contra devem abdicar dos seus lugares no Parlamento.

 

Apenas 145 dos 162 deputados da coligação aprovaram o plano de Tsipras: oito abstiveram-se (nomeadamente o ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, e a presidente do parlamento grego, Zoe Konstantopoulou), dois votaram contra e sete não estiveram presentes.

 

18h46 Já hoje, Yanis Varoufakis escreveu no seu blog que o seu sucessor no ministério das Finanças levou para a reunião do Eurogrupo "um plano de reestruturação de dívida moderado e bem-pensado que é, sem dúvida, do interesse da Grécia e dos seus credores". 

 

"Se esta modesta proposta de reestruturação da dívida for recusada, como antecipou o ministro das Finanças da Alemanha, a cimeira europeia de domingo irá decidir entre expulsar a Grécia do euro já ou mantê-la mais um pouco, num estado de profunda necessidade, até que o país saia." 

 

18h41 O jornal Frankfurter Allgemeine está citar o ministro das Finanças alemão como defendendo uma saída temporária do euro, com o prazo de cinco anos, caso Atenas não apresente reformas adicionais.

 

Yanis Varoufakis já reagiu no Twitter a esta notícia, lembrando que vale a pena ler, em conjunto com o artigo de opinião publicado ontem no The Guardian. Aqui, o antigo ministro das Finanças da Grécia escreve que o seu homólogo alemão defende uma saída da Grécia da Zona Euro. 

 

18h17 Intervalo no Eurogrupo. 

 

18h13 Quatro horas após o início da reunião, a Reuters avança que os ministros das Finanças do euro querem reformas mais profundas por parte de Atenas. Entretanto, o Eurogrupo retirou do seu site a hora prevista para o fim do encontro. 

 

18h09 Recorde aqui os três caminhos possíveis para Atenas: um acordo; um desacordo tal que o país acaba por sair do euro; e um incumprimento em larga escala, mas que mantém a Grécia na Zona Euro.

 

16h56 O ministro da Economia grego avançou ao correspondente da BBC em Atenas que, caso a Grécia e os credores cheguem a acordo este fim-de-semana, os bancos deverão reabrir em breve. 

 

16h15 Em Espanha, na conferência política do PP, Mariano Rajoy recorreu ao exemplo grego para criticar a oposição de esquerda. "Não precisamos de ir muito longe para perceber quão facilmente se pode arruinar uma recuperação." "É essa a alternativa oferecida pelos novos partidos de esquerda em Espanha?", questionou o presidente do governo espanhol.

 

"Felizmente, este fim-de-semana o governo grego vai, finalmente, chegar a um acordo com as instituições europeias… mas isso não vai resolver os danos já causados", acrescentou Rajoy, citado pelo El País

 

15h03 Daniel Gros, director do Centro de Estudos Políticos Europeus, escreve num artigo de opinião publicado hoje no Negócios que falta uma narrativa unificadora na União Europeia, que seja suficientemente forte para evitar a emergência de um conflicto. "O fracasso de salvar a Grécia é um fracasso da Europa", defende o economista alemão. 

 

14h42 O Eurogrupo já está a decorrer, revelou o ministro das Finanças da Finlândia no Twitter.  

 

14h37 "Temos à nossa frente negociações extremamente difíceis", afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, acrescentando que o Eurogrupo não está preparado para aceitar cálculos que não seja credíveis.

 

Sobre um alívio da dívida grega, Wolfgang Schäuble afirmou apenas que essa possibilidade não está prevista nos tratados europeus. 

 

14h28 "É importante perceber quais os passos concretos que vão ser dados [pelo governo grego]", afirmou, à entrada para o Eurogrupo, o ministro das Finanças do Luxemburgo, Pierre Gramegna. 

 

14h22 Numa entrevista concedida hoje ao jornal alemão Die Welt, o ministro da Economia francês defendeu que o pacote de ajuda à Grécia deve incluir um perdão de dívida. "É preciso reduzir o peso da dívida para que a economia grega não entre em colapso", defendeu Emmanuel Macron.

 

14h16 O ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, considera que a sustentabilidade da dívida pública grega é um "enorme problema". Kazimir destaca ainda que as propostas apresentadas por Atenas seriam suficientes para um segundo resgate mas não para um terceiro. 

 

14h02 - "Ainda não estamos lá", afirmou o presidente do Eurogrupo. "Há ainda muitas críticas na proposta" da Grécia. Mas acima de tudo, "há uma grande questão de confiança. Pode o Governo grego ser de confiança em relação ao que está a promoter?" Jeroen Dijsselbloem acrescentou que o Executivo helénico mostrou "determinação em recuperar a confiança" dos seus parceiros. Ainda assim "vai ser uma reunião muito difícil."

 

13h55 - Michel Sapin, ministro francês, considera que a proposta da Grécia é "uma boa base para iniciar as negocições", admitindo que estas serão "exigentes". O responsável pelas Finanças de França considera que a "confiança será determinante para um acordo" e que é preciso, caso se alcance essa confiança, que o Eurogrupo  mostre "determinação política" de apoio a Atenas. Sapin adiantou ainda que a questão da dívida "não é um tabu", mas reconhece que uma "diminuição nominal da dívida é uma linha vermelha para muitos estados-membro".

 

13h38 - O ministro de Malta, Edward Scicluna, realçou que será preciso resolver o contra-senso entre um Governo que apresenta uma proposta que "vai até mais longe do que o que estava a ser discutido ante do referendo", tendo convocado o referendo e apelado ao "não" do povo grego ás medidas que estavam a ser discutidas. "Temos de ter a certeza que o programa será implementado. E que alcançaremos os objectivos" propostos. "Isto tem de ser resolvido hoje", realçou.

 

13h19 - O ministro das Finanças da Irlanda, Michael Noonan, considera que ainda "há uma série de questões que precisam" de respostas, nomeadamente sobre o sistema financeiro, já que o "Governo greg é silencioso" em relação a este assunto. Noonan realça que é preciso ter a certeza de que o programa grego "é sustentável", sublinhando que é necessário pôr a economia helénica a crescer. "É muito difícil estimular a economia quando se está a fazer um trabalho de correcção", admite o responsável.

 

13h14 - O ministro das Finanças dos Países Baixos, Eric Wiebes, afirma que as propostas gregas vão no bom sentido, mas revela que as instituições ainda "vêem algumas medidas como fracas em alguns pontos. Ao mesmo tempo, muitos Governos, e o meu também, têm sérias dúvidas" sobre  a implementação das medidas. "Estamos a discutir uma proposta do Governo grego" com medidas "que foram rejeitadas na semana passada" pelo povo grego. 

 

13h00 - O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, afirmou à entrada para o Eurogrupo que houve "progressos. A proposta da Grécia está em linha com a das instituições antes do referendo." Contudo, salienta, "ainda há muitas questões e muitas preocupações" por parte dos membros da Zona Euro para serem respondidas. 

 

12h58 - O ministro das Finanças da Áustria diz que os últimos desenvolvimentos são surpreendentemente positivos, mas que há falta de garantias de implementação das medidas que constam na proposta grega.

 

12h51- Moscovici partilha no seu Twitter que já está a postos para a reunião do Eurogrupo que tem como objectivo manter a Grécia no euro. 

 

 

12h48 - O ministro francês, Michel Sapin, vai reunir-se com Tsakalotos antes de começar o Eurogrupo, revela o jornal francês Figaro, citado pela Bloomberg.

 

12h42 - Os ministros das Finanças da Zona Euro começam a chegar à Comissão Europeia para a reunião do Eurogrupo deste sábado. O responsável pelas Finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos, já se encontra nas instalações. A reunião está agendada para às 13h00, de Lisboa.

 

12h40 - Pierre Moscovici, comissário do euro, diz que as instituições acreditam na nova proposta da Grécia, considerando que esta pode ser a base para as negociações. Contudo, a implementação das medidas é a chave para o seu sucesso, afirmou à entrada para o Eurogrupo.

 

12h37 - Christine Lagarde, directora-geral do FMI já se encontra na Comissão Europeia, em Bruxelas, onde vai decorrer o Eurogrupo deste sábado, 11 de Julho. À entrada a responsável afirmou: "Temos de fazer muito mais progressos".

 

O Eurogrupo reúne-se este sábado - pela 9ª vez desde 18 de Junho - para avaliar as propostas apresentadas pelo Governo grego em troca de um novo pacote de ajuda. Recorde as medidas apresentadas por Atenas na passada quinta-feira.

 

O plano de austeridade apresentado por Tsipras aos credores foi aprovado no Parlamento grego e recebeu uma avaliação positiva por parte da Comissão Europeia, BCE e FMI. Mas o primeiro-ministro helénico não sai ileso: dos 162 deputados da coligação, apenas 145 votaram a favor do seu programa. Se não fosse a ajuda da oposição, não teria conseguido a maioria necessária para passar ao passo seguinte: negociar com a troika para poder receber um terceiro empréstimo.


O pacote de austeridade proposto pelo Governo grego à Zona Euro contempla medidas mais duras do que as anteriormente propostas por Alexis Tsipras e mais em linha com o acordo sugerido pela troika que foi chumbado pelos gregos em referendo.

Em troca deste pacote de austeridade, Atenas pede "pelo menos" 53,5 mil milhões de euros de novos empréstimos aos parceiros do euro. Mantém o compromisso de apresentar excedentes orçamentais primários (receitas superiores às despesas, excluindo o serviço da dívida) equivalentes a 1%, 2%, 3% e 3,5% do PIB para os anos compreendidos entre 2015 e 2018. Entre subida de impostos e cortes nas despesas, este pacote de austeridade rondará os 12 mil milhões de euros, segundo avança a imprensa grega. "É o pacote de austeridade mais punitivo que alguma vez um governo teve de implementar durante os cinco anos de crise económica na Grécia", escreve a correspondente do The Guardian na capital grega.

(Notícia em actualização)

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