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Ministro italiano anuncia crescimento para o final do ano
Governo italiano poderá “remover o Imposto Imobiliário sobre a primeira habitação” e anuncia crescimento “provavelmente no terceiro trimestre mas seguramente no início de 2014”.
Durante o Meeting de Rimini, encontro anual organizado pela fundação “Meeting per l'amicizia fra i popoli”, o ministro do Desenvolvimento Económico, Flavio Zanonato, anunciou para “o início de 2014, o começo do crescimento”. Segundo o jornal “Corriere della Sera”, Zanonato garante: “Temos dados económicos que mostram que o país está em recuperação. Mas atenção, quando o doente já não tem febre não significa que já não esteja doente. Necessita continuar com as terapias que possam perspectivar com maior confiança uma cura definitiva”.
À saída deste encontro, em declarações aos microfones da Rainews 24, o ministro voltou ao polémico tema do Imposto imobiliário (Imu). Depois de salvaguardar que o Conselho de Ministros se realiza apenas na próxima sexta-feira, reconheceu que “existe um compromisso relativo à remoção do Imu sobre a primeira habitação”, garantindo que o governo encontrará uma solução”. Relembrou, também, que Enrico Letta, o líder do Governo italiano, já assumiu “o compromisso de encontrar uma solução entre o fim do mês e o início de Setembro”.
Recorde-se que a abolição do Imu foi encarada por Silvio Berlusconi, ex primeiro-minstro de Itália e principal figura do PdL, como principal promessa durante a campanha das legislativas que se realizaram no início deste ano. Já depois de conhecida a condenação de Berlusconi a quatro anos de prisão, devido ao caso Mediaset, o minstro da Economia e Finanças, Arnaldo Saccomanni, apresentou um relatório que colocava em causa a abolição deste imposto.
Il Cavaliere aproveitou, na altura, esta possibilidade para criar um novo facto político, ao lembrar que a remoção do Imu fora uma promessa eleitoral, na qual se baseava o acordo político de governação entre o PD e o PdL. Ao considerar esta medida como irrevogável, ameaçou implodir a grande coligação e pedir eleições. Os líderes dos deputados e senadores do PdL chegaram mesmo a apresentar as respectivas demissões ao Presidente da República de Itália, Giorgio Napolitano.
Apesar desta aparente cedência, por parte do executivo, à imposição de Berlusconi, a instabilidade no seio do governo não deixou de ser uma realidade. O primeiro-ministro Letta, que anunciou, em sintonia com Zanonato, no passado Domingo, que “a saída da crise está à vista, mas devemos olhar para o futuro e não para o passado”, não se esqueceu de todos os detractores, desde os companheiros de coligação aos membros da oposição, lembrando que “os italianos punirão aqueles que sobreponham os seus interesses privados ao interesse comum – a saída da crise”.
Zanonato, no palco de Rimini, também falou em medidas económicas para o próximo Outono, tendo antecipado a vontade de redução dos custos da energia eléctrica, enquanto factor que reduz a capacidade competitiva italiana “face aos restantes competidores europeus”.