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Lagarde pede medidas de estímulo económico ao BCE

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) deixou vários alertas ao Banco Central Europeu (BCE) por causa da baixa inflação na Zona Euro.

Reuters
10 de Abril de 2014 às 17:21
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O aviso é de Christine Lagarde, directora-geral do FMI: "A baixa inflação representa um risco orçamental [e de crescimento] para os países da Zona Euro”. O alerta foi deixado em conferência de imprensa após a reunião de Primavera do FMI e do Banco Mundial.

 

A responsável da instituição pediu mesmo ao Banco Central Europeu (BCE) para aplicar novas medidas de estímulo económico, inclusive não convencionais, ainda que enalteça o facto da autoridade monetária ter demonstrado abertura para implamentar novas medidas, de forma a que o objectivo do BCE para a inflação de 2%. O último dado conhecido refere-se a Março e revela que a taxa de inflação média dos 18 países da Zona Euro se encontra em 0,5%.

 

O FMI destaca que o desemprego “sistematicamente elevado” e as “grandes debilidades da economia” dos países periféricos, como Portugal e Grécia, são um risco “particularmente relevante” para a Zona Euro.

 

Na segunda-feira, dia 7, Vítor Constâncio, vice-governador do BCE, deixou a porta aberta ao uso de instrumentos não convencionais caso seja necessário.

 

“Falta de ambição política poderá levar a recessão prolongada”

 

Christine Lagarde referiu-se também à economia mundial. A responsável aponta o caminho da “recessão prolongada” aos países que estiverem “cansados de reformas” e que tenham uma “ambição política insuficiente”, advertiu, citada pelo "Cinco Días".

 

O principal desafio neste momento, segundo Lagarde, é mudar o tipo de recuperação económica: “de modesta e frágil para rápida, equilibrada e sustentável”.

 

A directora-geral do FMI classifica o caminho que a economia mundial deve fazer como "uma maratona e não um sprint”, referiu a responsável.

 

“Os políticos devem adoptar medidas corajosas para avançar com a recuperação da economia e evitar um crescimento decepcionante”, rematou Lagarde, citada pelo mesmo jornal espanhol. 

 

Já na semana passada, Christine Lagarde tinha revelado preocupações relativamente ao crescimento a curto prazo, identificando três. O primeiro está relacionado com as economias desenvolvidas. “Há riscos emergentes daquilo que chamo ‘low-flation’ [baixa inflação], em particular na Zona Euro”. A possibilidade de um “período prolongado de baixa inflação pode suprimir a procura e a produção – e travar o crescimento e [criação] de postos de trabalho. Mais flexibilização monetária, incluindo através de medidas não convencionais, são necessárias para que o objectivo do Banco Central Europeu, de estabilidade dos preços, seja alcançado”, sugeriu.

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