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Inflação na Zona Euro recua para 1% em julho. Portugal com a taxa mais baixa
Os preços subiram menos do que o esperado em julho, na Zona Euro, dando mais argumentos ao BCE para avançar com estímulos adicionais à economia.
A taxa de inflação na Zona Euro recuou de 1,3%, em junho, para 1% em julho. Este valor representa uma revisão em baixa por parte do Eurostat que, no final do mês passado, apontava para uma inflação anual de 1,1%, na primeira estimativa.
Já na União Europeia, a inflação recuou de 1,6% para 1,4%, de acordo com os dados revelados esta segunda-feira, 19 de agosto, pelo Eurostat.
Em julho do ano passado, os preços na região da moeda única e na UE cresciam a um ritmo anual bastante superior, de 2,2%.
No mês passado, as taxas de inflação mais baixas foram registadas em Portugal (-0,7%) – o único país com uma taxa negativa – Chipre (0,1%) e Itália (0,3%), enquanto as mais elevadas verificaram-se na Roménia (4,1%), Hungria (3,3%), Letónia e Eslováquia (ambos com 3%).
Em relação ao mês anterior, a inflação desceu em 15 Estados-membros da União europeia, permaneceu estável em dois e subiu em 11.
Os dados do Eurostat mostram que o maior contributo para a subida dos preços na Zona Euro veio dos serviços, seguidos pela alimentação, álcool e tabaco.
Juntamente com os dados económicos mais recentes – que mostraram, por exemplo, que o PIB alemão contraiu no segundo trimestre – os números da inflação dão mais força à ideia de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá ter de aumentar os estímulos à economia para contrariar a desaceleração.
Com a economia a abrandar fortemente e a inflação em baixa, Mario Draghi tem os argumentos do seu lado para acentuar ainda mais a política monetária expansionista. Além do corte de juros dos depósitos, está em cima da mesa um novo programa de compra de ativos.