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Governo de coligação grego sobrevive a moção de censura
A moção de censura contra o Governo de coligação grego, dirigido pelo conservador Antonis Samaras, foi esta noite rejeitada durante uma votação no parlamento de Atenas, na conclusão de um debate iniciado na sexta-feira.
A iniciativa foi impulsionada pelo Syriza (esquerda), principal força da oposição, e contou com o apoio parlamentar do Partido Comunista (KKE), Gregos Independentes (direita nacionalista) e Aurora Dourada (extrema-direita).
A favor da moção votaram 124 deputados, enquanto 153 rejeitaram o texto e 17 optaram pela abstenção.
O resultado constitui uma vitória para a coligação no poder entre os conservadores da Nova Democracia (ND) e o Partido Socialista (Pasok), numa altura em que o executivo negoceia com os representantes da 'troika' de credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) um novo pacote de austeridade em troca da próxima parcela do resgate financeiro.
A deputada Theodora Tzakri foi excluída do grupo parlamentar do Pasok por ter votado favoravelmente a moção de censura.
Um deputado do Syriza não participou na votação por se encontrar hospitalizado, enquanto três deputados de extrema-direita também de viram impedidos de votar por permanecerem em prisão preventiva.
O Syriza apresentou uma moção de censura na quinta-feira, após a intervenção durante a madrugada da polícia de choque na sede da antiga televisão pública ERT, para desalojar os trabalhadores que permaneciam no local num prolongado protesto contra a decisão do Governo em extinguir o canal público.
O partido justificou a iniciativa como uma forma de denunciar "as políticas catastróficas" do executivo.